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A agressão aos Jornalistas mostra que o país não está bem

A agressão aos jornalistas, ocorrida na passada terça-feira, mostra que o país não está bem. Quem o diz é a Directora de Informação do Grupo Soico, Olívia Massango, reagindo a agressão e roubo de material da STV, durante a cobertura da greve dos desvinculados da Força de Defesa e Segurança.

Já há dias que os desvinculados das Forças e Defesa e Segurança estavam acampado diante dos escritórios do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) que reivindicavam promessas não cumpridas de há muitos anos.

Olívia Massango explica que “quando um dos pilares da democracia é agredido de forma como está a ser é uma amostra clara que algo não está bem no país”.

Massango conta que ao ligar para o porta-voz da polícia para obter algum esclarecimento sobre o que terá verdadeiramente ocorrido, mas a resposta obtida não foi satisfatória.

“O porta-voz da Polícia da República de Moçambique, ao nível da cidade de Maputo, deu um esclarecimento nada sossegador sobre o ocorrido, dizendo apenas que teria ordenado que se avançasse com uma perseguição para capturar os supostos agressores e ladrões, porque roubaram o nosso equipamento, mas como uma naturalidade não de quem detém a força legítima para actuar perante uma situação dessas, então, estamos incrédulos e incoformados”, disse.

É inaceitável, acrescentou, que num país, que deveria estar a registar progressos em relação a liberdade de expressão, de valorização do papel da imprensa, aconteçam actos como os que ocorreram.

E sublinha: “a imprensa não pode ser só porta-voz ou porta-recado das informações do governo, mas deve estar lá para testemunhar se tudo o que os nossos governantes dizem que fazem, realmente fazem de facto, se actuam de forma correcta, afinal estamos num estado de direito, portanto, as leis devem ser respeitadas”.

Por fim, a Directora de Informação do Grupo Soico disse que é inaceitável perceber que estamos num país que fragiliza os cidadãos e os deixa orfãos da protecção daqueles que têm a responsabilidade primária de proteger os cidadãos.

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