Moçambique diz que África foi vítima de uma injustiça histórica. O representante do país nas Nações Unidas entende que o continente devia ter dois assentos permanentes no Conselho de Segurança e outros cinco não-permanentes.
Moçambique é, desde esta quarta-feira, presidente do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Numa conferência de imprensa após a cerimónia de tomada de posse, Pedro Comissário deixou claro que Moçambique não vai defender apenas os seus interesses, mas de toda a África.
O representante de Moçambique nas Nações Unidas diz que África merece pelo menos dois assentos permanentes e cinco não-permanentes no Conselho de Segurança.
“África é vítima de uma injustiça histórica e, como as coisas estão actualmente, merece dois assentos permanentes no Conselho de Segurança e outros cinco assentos não-permanentes. Essa é a nossa posição e princípio e estamos a lutar para isso”, disse Pedro Comissário.
Questionado sobre o posicionamento de Moçambique em relação ao conflito entre Palestina e Israel, Pedro Comissário disse que Moçambique defende uma convivência harmoniosa entre os Estados.
“A nossa posição em relação à situação na Palestina é que o conflito deve ser resolvido pelos dois Estados, o da Palestina e o de Israel. Os dois Estados devem viver em paz e harmonia lado a lado e essa é a nossa posição principal que temos vindo a defender desde a nossa independência e actualmente no Conselho de Segurança”, reiterou o embaixador de Moçambique na ONU.
Comissário defendeu ainda a importância da organização na harmonização das posições dos Estados-membros.