Os transportadores do terminal interprovincial da Junta dizem estar preparados para responder à possível demanda de passageiros. Já os da rota Maputo–África do Sul não têm grandes expectativas em termos de ganhos durante esta época.
As festas do natal e do fim do ano são momentos em que se costuma estar em família e ao lado de quem se ama. A poucas semanas das festividades, alguns passageiros já antecipam o tão esperado momento do reencontro com familiares que não vêem há muito tempo.
No terminal internacional de transporte rodoviário da Baixa, em Maputo, a equipa do “O País” encontrou Emília e Marcolino, um casal que não vê a hora de rever os seus familiares.
“Lá [na África do Sul], estão os meus irmãos e os do meu marido”, disse Emília.
Já Marcolino explica que o motivo da viagem antecipada é que “a partir do dia 20, há muito congestionamento. Por isso, antecipo a viagem. Vou passar o natal [na África do Sul], mas volto a Maputo para a transição do ano”.
Os transportadores interprovinciais e internacionais preparam-se para responder à possível avalanche de passageiros. No terminal rodoviário interprovincial da Junta, por exemplo, foi reforçada a frota de carros para atender à grande demanda que se espera ter.
“Estimamos em 120 o número de carros que adquirimos este ano. Apesar dos impactos da COVID-19, foi necessário renovar as nossas frotas. É assim que funciona a nossa profissão”, disse Gil Zunguze, chefe-adjunto do terminal da Junta.
É comum que, faltando poucos dias para as festividades, aumente a procura pelos serviços de transporte nos dois terminais, e os transportadores garantem estar tudo preparado para atender à procura.
Os últimos dois anos foram marcados por medidas restritivas impostas pela pandemia da COVID-19, que dentre muitas limitações, originaram a redução do número de passageiros durante a época festiva.
Mesmo com o relaxamento das medidas, os transportadores internacionais ainda não conseguem antever ganhos.
“A nossa faturação continuará baixa. Não vamos sair daqui [de Maputo] com os carros cheios. Por isso, é um grande sacrifício para nós, sobretudo porque os combustíveis estão a um preço alto. Esta época beneficia apenas os [transportadores] sul-africanos”, desabafou Francisco Mondlane, secretário-geral da Associação dos Transportadores Internacionais.
Até ao momento, o fluxo de passageiros nos terminais rodoviários da Junta e internacional da Baixa é considerado normal, mas espera-se que haja, nos próximos dias, registo de enchentes.