Há pouca parceria entre empresas nacionais e a TotalEnergies. Em causa, está a falta de certificação das pequenas e médias empresas. Apenas 30% dos contratos são celebrados entre empresas moçambicanas e a multinacional.
Na Bacia do Rovuma, onde opera a empresa TotalEnergies, os contratos devem atingir 1,1 mil milhões de dólares, mas foram celebrados até ao momento contratos avaliados em cerca de 300 mil dólares.
O facto inquieta o Ministério dos Recursos Minerais e Energia (MIREME). “Isso nos preocupa muito, queremos que os moçambicanos possam efectivamente a ganhar contratos e, neste momento, restaram 800 milhões, é muito. Constitui dificuldades como é o caso de ausência de certificação das empresas moçambicanas em vários sistemas, sistemas de qualidade, gestão de ambiente, higiene e segurança”, disse o coordenador do Conteúdo Local do MIREME, Henrique Cossa.
Para reverter o cenário, o secretário permanente do MIREME, que falava na abertura do treinamento de empresas e quadros do ministério sobre conteúdo local, revela que decorrem acções para promover a participação das empresas nacionais.
“Estamos empenhados na certificação de empresas moçambicanas e na promoção de parcerias empresariais a par de iniciativas de treinamento sobre o conteúdo local, que pensamos que contribuirão para o estabelecimento de uma visão comum sobre o conteúdo local”, explicou Teodoro Vales, secretário permanente do MIREME.
Prevê-se que, com ajuda do Estado, ainda este ano, 50 empresas nacionais sejam certificadas. “Pensamos que, com esta acção, iremos aumentar a probabilidade de as empresas vencerem os concursos, por um lado, por outro estamos também a promover parcerias com as empresas internacionais que têm tecnologia, capacidade humana e empresas moçambicanas”, acrescentou o coordenador do Conteúdo Local do MIREME.
O treinamento sobre conteúdo local decorre de 14 a 16 do mês em curso na Cidade de Maputo.