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Professores de Educação Física dizem ter sido humilhados pelo MINEDH

Foto: O país

Os professores de Educação Física dizem que foram humilhados pelo Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH), com a interrupção das aulas de Educação Física, por terem sido obrigados a fazer higienização das mãos e medição da temperatura nas escolas.

Para evitar a propagação da COVID-19, o MINEDH entendeu que devia interromper a realização das aulas de Educação Física nas escolas. Com a paragem, que durou cerca de dois anos, alguns profissionais da área ficaram sem trabalho e viram-se obrigados a fazer tarefas que, segundo dizem, desonraram a classe.

“Colocar alguém, com formação, para fazer medição de álcool e gel, qualquer um de nós poderia sentir-se humilhado. E o guarda, o que faz? Isso não ficou bem para a fotografia do próprio Ministério”, disse Eduardo Machava, representante da Associação dos Professores de Educação Física.

A agremiação lembra que, no ano passado, submeteu ao MINEDH propostas claras de conteúdos que não poderiam colocar em causa a prevenção da COVID-19, mas a instituição fez ouvidos de mercador.

“Porque não era confortável, tivemos que solicitar ao Presidente da República, é natural que esta medida não tivesse sido a mais adequada, mas era um recurso. Então, o Presidente tomou a responsabilidade de acabar com este conflito”, avançou Machava.

Esta paragem não afectou apenas os profissionais da área, como também várias crianças ficaram em situação de vulnerabilidade.

A retoma das aulas de Educação Física foi anunciada pelo Chefe do Estado, na sua última Comunicação à Nação.

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