Dois indivíduos, por sinal irmãos, estão à contas com a Polícia da República, na província de Inhambane indiciados de falsificar moeda estrangeira. O terceiro integrante encontra-se foragido e os irmãos distanciam-se das acusações que pesam sobre si.
Em causa está a suposta falsificação da moeda sul-africana, rand, cuja quantidade é de 101 notas de 200 rands, o equivalente a pouco mais de vinte mil rands, que valem pouco mais de 100 mil meticais. O irmão mais velho afasta-se da hipótese de ser falsificador e diz ter caído na armadilha do amigo.
“Encontrei-me com o meu amigo na África do Sul, onde trabalho e ele abordou-me a necessidade de comprar uma viatura do tipo mini bus, e para isso precisou vir a Moçambique trocar a moeda da África do Sul, pela de Moçambique. Chegados cá, mandou-me ir saber do procedimento do câmbio, no banco. Como o banco disse que, para fazer a venda cobraria 5 por cento do valor, ele viu-se a perder e preferiu trocar o dinheiro, sem usar o banco. Então ele pediu a outro amigo que trocasse o valor, em Inharrime. Ele foi pego e disse que eu é que era o fornecedor dos rands. Daí fui detido”.
O mesmo disse não saber de que o valor trazido por seu amigo era falso.
“O que me fez acreditar nele foi que, já havia cambiado na Junta, em Maputo, duas notas de 200 Rands, o dinheiro pelo qual pagamos o transporte de Maputo até cá, em Inhambane, mas não sabia de nada” distanciou-se.
O mais novo também escusa-se de pertencer a suposta quadrilha e amputa a responsabilidade, ao irmão mais velho.
“Eu apenas colaborei com a Polícia, para indicar-lhes onde estava guardado o valor, mas tudo em torno da proveniência do valor e outros caminhos, somente meu irmão pode dizer melhor, uma vez que, seu amigo foi quem trouxe o valor em casa”, disse.
Este disse também ser estudante, a frequentar o curso de Inglês e que não andava com o irmão mais velho e nem com o amigo do seu irmão.
Face a esta realidade, a polícia nesta parcela do país adverte às comunidades a recorrerem locais oficiais da troca da moeda.
“Estes burlavam pessoas lá no distrito e nós tomamos a informação, fizemo-nos no terreno e do trabalho feito resultou na neutralização destes dois irmãos, eles são confessos e estão a colaborar, esperamos em breve decurso apresentar resultados finais do foragido e dos supostos fabricantes, pelo que, apelamos à nossa população para que, só venda seu dinheiro, nos bancos, casas oficiais de câmbio e não com estranhos, que nem conhecemos a proveniência e sua idoneidade”, aconselhou Juma Aly, do Comando Provincial da PRM, em Inhambane.
Este é o primeiro caso do ano, em Inhambane, em que as pessoas são neutralizadas com a moeda falsa, diferentemente do ano passado em que houve registo de dois, sendo um em Vilanculos e o outro na Maxixe, com moeda nacional falsa, numa quantidade ínfima, da que está a tratar-se neste caso.