Com a África do Sul a liderar as tropas da SADC no teatro de operações em Cabo Delgado, Botswana estará a coadjuvar. Entretanto, o Chefe do Estado-Maior General garante que oficiais moçambicanos estarão em todas as posições de combate e coordenação.
São, ao todo, nove oficiais moçambicanos destacados para estar em todas as posições de combate e coordenação, embora sejam outros países da Região Austral de África a comandar suas tropas nos ataques contra os terroristas na província de Cabo Delgado.
“O país que tiver maior força vai comandar, neste caso é a África do Sul, e Botswana vai coadjuvar. Nós, como Moçambique, faremos parte no mecanismo de coordenação dessa força, ocupando a posição de Estado-Maior, com nove oficiais que vão ser integrados em todas as partes”, disse o Chefe do Estado-Maior General, Joaquim Magrasse, que falava no âmbito da imposição de boinas aos fuzileiros navais recém-formados na Katembe.
Por sua vez, o ministro da Defesa Nacional, Jaime Neto, que dirigiu a cerimónia, defende que a intervenção externa para travar os terroristas não retira o papel primário dos moçambicanos em defender o país.
Neto fala, também, da violação dos direitos humanos e diz que não deve haver espaço para que as forças moçambicanas sejam confundidas com os que atacam a população.
O ministro apelou aos fuzileiros para que não abandonem as fileiras para se aliar às forças inimigas.