Os distritos de Muidumbe, Mueda, Nangade, Palma e Mocímboa da Praia estão sem energia eléctrica desde Setembro do ano passado, devido aos ataques terroristas que assolam a província de Cabo Delgado.
A situação afecta cerca de 25 mil clientes que deverão continuar às escuras, por tempo indeterminado, uma vez que não há, para já, previsões para o restabelecimento da corrente eléctrica.
“Estes distritos estão sem energia, porque as nossas linhas estão fora e, provavelmente, tenhamos problemas na subestação de Auasse”, explicou Gildo Marques, Director da Electricidade de Moçambique (EDM), Área de Serviço de Cabo Delgado.
Devido à insegurança, os técnicos da EDM já não vão ao terreno e, até ao momento, ainda não se conhecem as reais causas do problema, muito menos os danos causados.
“É possível que haja postes derrubados, ramos de árvores nas linhas, vandalização dos postes de transformação e outros equipamentos, mas só podemos efectuar a religação depois da segurança estar restabelecida”, explicou Gildo Marques.
O corte na linha de transporte de energia eléctrica está a criar transtornos para a população e a provocar enormes prejuízos para a EDM, que parou de facturar e tem danos para reparar.
“Nos cinco distritos sem energia, facturávamos 22 milhões de meticais por mês e, até Junho de 2019, na última avaliação feita, calculava-se que os ataques tenham provocado um prejuízo de cerca de quatro milhões de dólares norte-amercianos”, revelou.
Entretanto, além de danos e prejuízos, os ataques terroristas forçaram a paralisação de alguns projectos da expansão de energia eléctrica, nomeadamente, a Electrificação Rural e Energia para todos.