É para ganhar. Aliás, em casa, ainda que emprestada, há que mandar. Apresentar-se com arrogância competitiva, neste caso. Impor-se o seu ritmo. Com os pés bem assentes no chão e respeito pelo adversário, até porque não se pode pensar embandeirar em arco por força de uma vitória por três a zero sobre o TP Mazambe, na segunda mão da última eliminatória de acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões.
São, de resto, adversários diferentes. É assim, para não dizer com este espírito, que Chiquinho Conde, treinador da União Desportiva do Songo, encara o jogo de sábado diante do Al Hilal Elobied, inserido na primeira mão do “play-off” de acesso à fase de grupos da Taça CAF.
O Al Hilal Elobied é actual sétimo classificado da Liga Sudanesa com 11 pontos, resultantes de três vitórias, duas derrotas e igual número de empates.
No último embate no campeonato sudanês, o Al Hilal Elobied empatou no terreno do Al Shorta a duas bolas. Ainda assim, Chiquinho Conde reafirma que parte para o embate de sábado sem muita informação sobre o seu adversário.
“Primeiro, dizer que está difícil estudar melhor o Al Hilal Elobied do Sudão. Temos pouca informação relativamente àquilo que são os seus jogos. Sei que está na sexta jornada ou sétima jornada agora. É um jogo a eliminar para as Afrotaças.
O técnico quer capitalizar o jogo em “casa” para construir uma vantagem que permita encarar a segunda mão sem muita pressão. E, porque nestes jogos a eliminar, jogar em casa traz não só pressão mas carrega consigo o factor motivacional e apoio do público, Conde quer que os seus jogadores estejam cem porcento concentrados.
Jogo determinante
No sábado, a UD Songo vai jogar no Caldeirão do Chiveve, onde nas eliminatórias anteriores contou com o apoio do público beirense. Mais: conseguiu resultados favoráveis, sendo o último dos quais uma vitória convincente sobre o todo poderoso TP Mazembe. “ É um jogo extremamente importante para as nossas pretensões. Queremos escrever com letras garrafais o nosso nome na história do futebol moçambicano e na história deste clube que ainda é muito novo nestas andanças. Por isso, todo o momento e toda a informação que nos é fornecida do Al Hilal é sempre bem-vinda e vamos trabalhar nisto”, notou Conde.
A UD Songo tem sido sujeita a muitos jogos em curto espaço de tempo, situação que cria algum desgaste aos jogadores. Conde tem procurado gerir o seu plantel da melhor forma. “Vamos desligar um pouco o chipe do Moçambola porque tem características completamente diferentes. Os jogadores conhecem-se uns aos outros, enquanto o Al Hilal Elobied não. Eles, os sudaneses, também não sabem como jogamos. Vamos usar o factor surpresa”, abriu-se Chiquinho Conde.
Domingo, em Gondola, a União Desportiva do Songo venceu a UP de Manica por um a zero, em jogo inserido na quarta jornada do Moçambola.
É uma partida em que Chiquinho Conde deixou de fora – na bancada – Swin, Gildo, Amorim, Banda e Chelito, jogadores habitualmente titulares. Eusébio, lateral esquerdo, esteve no banco de suplentes.
“Geri o plantel. Alguns jogadores vieram cansados dos jogos internacionais. Então, tem a hipótese de poder estar mais frescos e mais disponíveis para poder ajudar porque na Beira vamos ter que jogar a uma rotatividade muito alta se quisermos de facto passar esta eliminatória”.