“Marketing digital” foi o último tema de debate desta manhã, no Centro de Conferências Joaquim Chissano, em Maputo. E a discussão não poderia ter começado com uma ideia prática: “Quem entender o consumidor, deste sempre, vai ter êxitos no que diz respeito ao marketing dos seus produtos”. Esta convicção é partilhada pela norte-americana Whynde Kuehn, que lançou a conversa sobre o tema. No entanto, no debate foi defendida por Thiago Fonseca, Sócio e Director de Criação da Agência Golo.
Durante o seu discurso, Thiago Fonseca explicou, no painel da MozTech, que se deve valorizar o consumidor porque as decisões de compra e aquisição de produtos ainda são baseadas emocionalmente, logo, sem isso, a tecnologia não representa nada. Assim, o Director de Criação da Agência Golo garantiu que é importante compreender os clientes porque as pessoas compram um e não outro produto e buscar magia emocional no marketing, já que o sentido racional varia daí.
Thiago Fonseca procurou ser muito cauteloso na sua explanação, ao dizer que o marketing deve ser construído a longo prazo, para que o sucesso esperado surta o efeito desejado. E fez um reparo: “o maior investimento de marketing e oferta de serviços deve ter em consideração a componente humana, e não tecnológica, necessariamente.
Diferente do que aconteceu em todos os painéis, o debate “Marketing digital”, moderado por Cristiana Pereira, da SOICO, foi feito na base de estórias reais, que despertaram muito interesse do auditório, pontos de partida para a busca de soluções concretas. Uma das narrativas foi contada por Cristiana Pereira, e o auditório, à imagem dos painelistas, reagiu com várias sugestões sobre como uma família humilde, que vende lanhos na marginal de Maputo, por exemplo, pode fazer do seu negócio um sucesso, baseado no marketing digital. Das várias sugestões partilhadas, uma surgiu de Gulamo Nabi, Director Geral da Vodafone M-Pesa, quem entende que as redes sociais podem e devem ser aproveitadas para expor produtos e negócios, porque em pouco tempo podem ampliar as redes comerciais e atingir mais clientes em pouco tempo, por exemplo, a partir do whatsapp.
Edvaldo Mahesh não ficou atras. O Docente e Coordenador do DTIC do ISUTC considera pontual, para abranger maior número de pessoas com bons produtos, o uso de ferramentas digitais que não exigem contactos das pessoas, caso do whatsapp, como as que dispensam contactos, como facebook e instagram.
Voltando à carga, Thiago Fonseca fez outro reparo baseado nas pessoas: “o marketing digital tem que ser usado para um bem maior. Na área do marketing deve-se investir no conteúdo, porque só assim as pessoas podem ser seguidas. O marketing digital deve inspirar segurança e trazer mais benefícios para quem a recebe e não para quem a promove”.