Passou hoje numa semana após o rapto do empresário e filantropo, Rizwan Adatia, numa altura em que as autoridades de investigação ainda não apresentaram informações substanciais para esclarecer o caso.
O chefe de Relações Públicas do Comando da PRM na província de Maputo, Juarce Martins, que confirmou que o acto foi praticado por quatro criminosos, disse hoje que a Polícia ainda não tem pistas do paradeiro da vítima e dos seus raptores. Martins garantiu que a PRM seguiu todas linhas de investigação e acabou entregando o caso, na quarta-feira, ao Serviço de Investigação Criminal na província de Maputo para dar seguimento às fases subsequentes sobre o assunto. Abordado telefonicamente pela nossa equipa de reportagem hoje, o responsável de investigação e instrução criminal do SERNIC, na província de Maputo, identificado por Macanhengane preferiu não dar explicações sobre o assunto tendo prometido falar oportunamente.
Mas o chefe de Relações Públicas do Comando da PRM garantiu que a Polícia tem estado em contacto permanente com a família da vítima. Aliás, sabe-se que, segundo contou hoje um dos familiares da vítima ao jornal O País, os raptores ainda não estabeleceram nenhum contacto, o que aumenta mais a preocupação em torno do caso.
“A informação que o Comando Provincial da PRM avançou desde o início do caso prevalece. Não temos ainda pistas sobre o assunto e já entregamos o caso ao SERNIC”, disse o chefe de Relações Públicas do Comando da PRM na província de Maputo.
Recorde-se que Rizwan Adatia foi abordado à luz do dia quando circulava, sem seus respectivos seguranças, no bairro do Fomento, quando um dos raptores apontou uma arma e tirou-lhe do carro em que seguia, segundo a Polícia. A vítima, de nacionalidade Indiana, além de empresário na área de mineração e supermercados do grupo COGEF, é patrono na Fundação Adatia Foundation, que desenvolve filantropia sobretudo nas áreas de educação e saúde em Moçambique e no seu país de origem.
O rapto de Rizwan Adatia está entre os dois casos registados em menos de uma semana no país, sendo que outro aconteceu esta terça-feira na cidade de Chimoio, tendo como vítima, Yassin Anwar, filho do empresário e dono do Hotel Amirana e da cadeia de lojas com mesmo nome. À lista dos raptos juntam–se outros três que aconteceram na cidade de Maputo e na Beira. Trata-se de um menor de 12 anos de idade abordado quando saía da mesquita em Março, de um adulto identificado por Manish Cantilal, raptado na garagem da sua casa em Fevereiro (ambos da cidade de Maputo) e outro caso de um empresário Faizel Patel registado na cidade da Beira, em Janeiro.
PAÍS REGISTOU MENOS CRIMES NA UMA SEMANA
Ainda sobre a criminalidade, dados do Comando-geral da PRM, apontam para uma redução entre 25 de Abril e 1 de Maio, quando comparado este período com o do ano passado. Assim, neste período houve registo de 102 casos criminais contra 125 no igual período do ano passado, havendo uma redução na ordem de 24 casos na comparação desses período. Os crimes contra pessoas (homicídio, infanticídio, etc) situaram-se em 23 casos e 55 contra património, segundo o comunicado de imprensa do Comando-geral da PRM sobre balanço semanal de ocorrências.
