A Arena 3D, na Katembe, viveu este sábado uma tarde inesquecível. O Concerto Internacional de Música Coral, MOSA, transformou-se numa verdadeira celebração da música que atravessa fronteiras, levantou o público e fez vibrar cada canto da sala. Entre vozes poderosas, maestros inspirados e uma energia contagiante, o evento consolidou-se como um dos grandes encontros culturais da região.
A movimentação começou cedo. À medida que as portas se abriam, o público entrava entre sorrisos, expectativa e muita curiosidade. Famílias inteiras, jovens, adultos e admiradores da música coral enchiam a Arena 3D, criando um ambiente que já anunciava uma tarde especial.
O espectáculo iniciou com os solistas, que definiram o tom emocional do concerto. Helena Rosa brilhou logo na abertura, numa actuação que arrebatou a plateia e abriu caminho para o que se transformaria numa sequência de momentos memoráveis. Em seguida, Maxuel Bota subiu ao palco e mostrou a força do seu tenor, preenchendo o espaço com uma presença vocal firme e cativante.
A estreia do pianista Jorge Maurício trouxe ainda mais dinâmica ao MOSA. Com confiança e sensibilidade ao piano, ofereceu ao público uma performance técnica e emocional que conquistou o seu lugar na segunda edição do concerto.
Mas o encanto não ficou apenas nas vozes e nos solos. O movimento dos maestros ajudou a construir a alma da tarde. Helena Rosa regressou mais tarde, agora como maestrina, imprimindo nova pulsação ao coro completo. Pouco depois, Calvin Mafodé assumiu a direcção com energia, distribuindo entradas e harmonias que mantiveram a plateia envolvida. Já o maestro sul-africano Peter Mageza, um nome amplamente respeitado no panorama coral, trouxe o seu estilo firme e expressivo, marcando de forma incontornável a apresentação.
O ponto alto do concerto chegou com o coro conjunto de Moçambique e África do Sul. Lado a lado, num alinhamento que simbolizava união e diálogo artístico, interpretaram um tema gospel cheio de ritmo, alma e emoção. Bastaram poucos acordes para que o público se levantasse, aplaudisse e acompanhasse o ritmo muitos até dançaram, transformando a Arena 3D num imenso coro partilhado.
Entre música, alegria e comunhão cultural, o MOSA cumpriu mais uma vez o seu propósito: celebrar a união através da arte, derrubar barreiras e mostrar o poder que a música coral tem de aproximar pessoas e criar memórias.
No final, ficou no ar a certeza de que esta edição do MOSA não foi apenas um concerto, mas uma experiência colectiva que reafirma o lugar da música coral no coração de quem a vive.

