O Governo de Moçambique considerou um “momento histórico e de orgulho nacional” a inscrição do Parque Nacional de Maputo na lista do Património Mundial da UNESCO, decisão tornada pública este sábado, durante a 47.ª sessão da organização, em Paris.
A distinção reconhece a importância ecológica do parque, que abrange ecossistemas terrestres, costeiros e marinhos, albergando cerca de 5.000 espécies, e reforça os esforços de conservação transfronteiriça com o parque iSimangaliso, na África do Sul.
“Ser reconhecido pela UNESCO é um poderoso endosso ao trabalho que está a ser realizado aqui. Honra a dedicação do nosso Governo, comunidades e parceiros na restauração desta paisagem única”, afirmou o Secretário de Estado da Terra e Ambiente, Gustavo Dgedge, citado em comunicado.
O Parque Nacional de Maputo é resultado da fusão, em 2021, da Reserva Especial de Maputo e da Reserva Marinha Parcial da Ponta do Ouro, totalizando 1.718 km² de áreas protegidas. A zona já vinha beneficiando de investimentos em conservação e reintrodução de espécies, no âmbito de um acordo com a Peace Parks Foundation.
Com habitats que incluem lagos, mangais, recifes de corais, praias e dunas, o parque acolhe espécies emblemáticas como elefantes e girafas, que convivem em zonas próximas da estrada nacional número um (N1).
A nova classificação abre caminho para uma coordenação de gestão com as autoridades sul-africanas, tendo em vista a criação de um comité conjunto que garanta a protecção integrada das espécies e do ecossistema partilhado.