A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) diz que o encontro entre o Presidente da República, Filipe Nyusi, e o presidente da Renamo, Afonso Dhlakama, vai reduzir as incertezas no mercado. A organização empresarial lembra que a trégua alcançada nos últimos três meses reanimou a economia, principalmente o sector dos transportes.
“Segundo a Presidência da República, o processo da paz será concluído até final do corrente ano. Este anúncio de prazos concretos reduz a incerteza que se tinha sobre o processo da paz e aumenta a confiança do mercado. Paralelamente, e como fruto desse diálogo liderado por sua excelência Presidente da República, continuamos a desfrutar da paz no país; continuamos a fazer os nossos negócios livremente; e continuamos a sonhar livremente”, afirmou o vice-presidente da CTA, Álvaro Massingue.
“O progresso hoje alcançado demonstra que, de facto, os diversos acordos de cessação de hostilidades não foram em vão, foram, sim, o gradualismo necessário”, acrescentou Massingue, vice-presidente da Confederação.
O director-executivo-adjunto da CTA, Eduardo Sengo, admite haver problemas de comunicação, daí que alguns investidores estrangeiros continuem a pensar “erradamente” que o país está em guerra.
“Apesar de não ter havido um acordo, quem está aqui em Moçambique sabe que estamos em paz, não há guerra e qualquer um pode viajar a qualquer momento, mas quem está fora do país não tem essa informação. Então, o que nós temos que fazer é passar esta mensagem de que as coisas em Moçambique, apesar de não haver acordo final, existe um acordo intermédio que nos permite viver em paz e fazer as actividades. E neste momento temos que dizer muito mais ainda de que estamos muito próximo de chegar a esse acordo”, considera Eduardo Sengo.
A Confederação das Associações Económicas de Moçambique informa, porém, que com os últimos desenvolvimentos sobre a paz estão a permitir que os transportadores de passageiros retomem gradualmente as suas actividades.