O Presidente do Parlamento Juvenil, David Fardo, exorta aos partidos políticos e candidatos que ganharem eleições a cumprirem as promessas feitas aos jovens durante a campanha. Fardo exige melhores condições na educação, na saúde, mais empregos e habitação.
Faltam nove dias, contados a partir desta segunda-feira, para os moçambicanos votarem nos próximos dirigentes do país.
Esta segunda-feira, o Instituto para Democracia Multipartidária (IMD) organizou uma reflexão sobre a inclusão das preocupações dos jovens nos manifestos.
“Entendemos que os partidos políticos, ao elaborarem os seus manifestos, tiveram alguma sensibilidade em incluir aspectos e prioridades da juventude, mas, também, notamos que essas prioridades foram colocadas de uma forma subtil, não foram bastante aprofundadas ” apontou Víctor Fazenda, gestor de projectos no IMD.
Como em todos os outros ciclos eleitorais, os jovens têm sido mais envolvidos na divulgação dos manifestos eleitorais dos partidos, daí que o Presidente do Parlamento juvenil exige o cumprimento das promessas eleitorais.
“A dada altura, tudo quanto nós queremos é que, enquanto partidos vencedores, depois das eleições que se avizinham, sejam aqueles que possam ter um comprometimento daquilo que são as principais agendas e demandas elencadas nos seus manifestos”, disse David Fardo.
E acrescentou: “temos jovens, hoje, que com nível de licenciatura, alguns deles acabam sendo agentes de carteiras móveis, acabando por aceitar empregos que não são proporcionais à sua área de formação. Nós queremos ver os manifestos dos partidos políticos a respeitarem ou a responderem a questão de acesso à habitação para a juventude. Olhamos, também, para mais direitos como a saúde, transporte, vias de acesso condignas e governação inclusiva” .
Por meio disso, os partidos políticos dizem conhecer os problemas dos jovens e prometem resolvê-los.
“A juventude sempre esteve no centro da governação da Frelimo e, nestes próximos cinco anos, não será diferente. Há uma agenda totalmente virada para os jovens, há, também, uma série de reformas políticas, económicas e sociais ao nível do projecto de governação, para atender os jovens” expressou-se Jaide Madeira, em representação ao partido Frelimo.
A Renamo promete criar melhores condições de emprego, tendo em conta a abundância de recursos minerais no país.
“Temos tantos recursos, mas o nosso Governo não está focado em formar jovens para que possam responder aquilo que é a demanda do mercado. Temos um sistema de educação totalmente fragilizado, e é por isso que nós queremos capacitar os jovens para mudar esse cenário” disse Fernando Fernandes em representação a Renamo.
Uma opinião partilhada pelo MDM, que quer melhorar a educação.
“Queremos, igualmente, antes de falar de emprego, apresentar aos jovens aquilo que são as ideias sobre a questão da formação técnico profissional, nós queremos garantir que todos os jovens aprendam a saber fazer” afirmou.
O partido PODEMOS, por sua vez, promete criar um Governo maioritariamente de jovens para mudar o destino do país.
“Nós temos os jovens como os pilares e motores para desenvolver Moçambique, ou seja, além de ser a nossa força motriz, o jovem é que tem o pensamento vibrante, é que tem a força e é o dono do destino deste país” afirmou Ananias Mausse, em representação ao partido PODEMOS.
A mesa redonda contou com a presença de vários partidos políticos, e organizações da sociedade civil.