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Donald Trump e Kamala Harris trocam acusações no primeiro frente-a-frente

Os candidatos presidenciais nos Estados Unidos, Donald Trump e Kamala Harris, trocaram acusações durante o primeiro frente-a-frente a caminho das eleições presidenciais de 5 de Novembro. O republicano diz que a democrata não dispõe de um plano económico ideal, ao mesmo tempo que Harris acusa Trump de ser inconsequente.

O debate começou num ambiente cordial, com os concorrentes às presidenciais nos Estados Unidos da América a darem o aperto de mão, antes de cada um deles defender as suas propostas de governação. 

Foram quase duas horas de frente-a-frente entre Donald Trump e Kamala Harris, o primeiro  entre os principais candidatos às presidenciais norte-americanas de 5 de Novembro.

Dez pontos foram colocados à mesa e os candidatos tinham a janela aberta para expor o seu manifesto.

Harris foi a primeira a usar o microfone, mas foi  Trump quem acendeu o debate, acusando a democrata e seu partido de não disporem de um plano efectivo para manter a economia do país em pé.

“Acho que o meu plano é um plano brilhante. É um ótimo plano. É um plano que vai aumentar o nosso valor como país, e vai fazer com que as pessoas queiram trabalhar, criar empregos e criar muito dinheiro, o que é bom e sólido para o nosso país. E só para terminar, ela não tem um plano. Ela copiou o plano de Biden”, disse Donald Trump.

Na mesma onda, Kamala Harris acusou Trump de egoísmo económico, aquando da sua liderança na altura em que era presidente dos Estados Unidos da América.

“Bem, sejamos claros: a administração de Trump resultou num défice comercial, um dos mais elevados que alguma vez vimos na história da América. Convidou as guerras comerciais.  Querem falar do seu acordo com a China. Durante a presidência de Donald Trump, ele acabou por vender barato os americanos à China para os ajudar a melhorar e modernizar as suas forças armadas”, acusou Kamala Harris.

A economia só abriu o debate, que foi descendo para questões mais sociais. O aborto também foi assunto, com as partes a divergirem sobre a proibição ou não.

“Ele disse, o bebé vai nascer, e nós vamos decidir o que fazer com o bebé. Por outras palavras, vamos executar o bebé. E foi por isso que eu fiz isso, porque isso predomina. Porque eles são radicais. Os democratas são radicais nisso. E a sua escolha para vice-Presidente, que eu acho que é uma escolha horrível”, acusou primeiro o candidato Republicano. 

Haris não demorou em revidar: “Donald Trump não devia estar a dizer a uma mulher o que fazer com o seu corpo. Falei com mulheres de todo o país. Querem dizer que era isto que as pessoas queriam? Mulheres grávidas que querem levar uma gravidez até ao fim, que sofrem um aborto espontâneo, a quem são negados cuidados”.

Ademais, a política externa foi também um ponto divergente entre as duas figuras com ambição de chegar à Casa Branca. 

Trump preferiu voltar a criar expectativas de ajudar no alcance da paz entre Rússia e Ucrânia, enquanto que Harris promete intervir para paz entre Israel e Palestina.

“Ela odeia  Israel. Nem sequer se quis encontrar com Netanyahu quando ele foi ao Congresso fazer um discurso muito importante, recusando-se a estar presente porque estava numa festa da sua república. Ela queria ir à festa da república”, acusou Trump. 

“Temos de ter uma solução de dois Estados em que possamos reconstruir Gaza, em que os palestinianos tenham segurança, autodeterminação e a dignidade que tão justamente merecem”, disse Harris.

Políticas de migração e ataque ao Capitólio também fizeram parte do debate entre Harris e Trump.

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