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Paulina Chiziane alerta para o perigo do surgimento das novas igrejas

Paulina Chiziane diz que o Estado deve prestar atenção com o surgimento de novas igrejas no país.  A escritora entende que há congregações com o objectivo de oprimir a sociedade.  

A escritora Moçambicana, Paulina Chiziane, foi a convidada do Programa Grande Entrevista, desta semana. Durante a sua intervenção, Chiziane sublinhou a necessidade de “libertar as mentes”. E explicou: “Por que quando aparecem pensadores negros, a tendência de alguns desses grupos (grupos religiosos) é reeprimir. Isso é porque esses indivíduos, pensadores negros, despertam a mente, e alguns estão interessados em dominar o continente africano através da mente”. 

“Vem um tipo, de onde vem, em nome da salvação, mas a primeira coisa que faz é associar todo o ser africano ao diabólico. Mesmo em coisas comuns, ora, a palhota que é uma habitação ecológica do povo africano é associada ao diabólico… Por exemplo, o cabelo, sobretudo, quando é rastafari é associado ao diabólico, mesmo a timbila que é património da humanidade é também um instrumento de bruxaria”, disse. 

Paulina Chiziane chamou ainda atenção para a necessidade da formação, particularmente, no pastorado, como forma de não replicar preconceitos. “Para mim, um indivíduo que se diz pastor deve conhecer a história, deve ter formação para não replicar preconceitos”. 

Chiziane diz que o Estado deve ter atenção a quem são os líderes das várias formações religiosas, qual é a sua formação e a quem já salvaram. “Algumas vezes foi se fazer vistorias às igrejas, ou saber qual é a formação dos pastores, profetas, entre outros. O Estado não se deve meter, mas deve saber o que está a acontecer”.

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