Homens e mulheres arriscam suas vidas em percursos longos nos veículos de transporte de carga na Estrada Nacional Número 1 (EN1), em Quelimane, província da Zambézia. O perigo é ainda maior porque os mesmos viajam em cima das suas próprias mercadorias.
Na EN1, em Quelimane, homens e mulheres enfrentam constantemente um cenário que pode levar a fatalidade em caso de um pequeno incidente.
Desta vez, não é por apenas às condições da estrada, mas pelo iminente perigo que os comerciantes são obrigados a passar para conseguir escoar os seus produtos agrícolas.
Assim, os produtores dos distritos de Mocuba, Namacurra e Maganja da Costa, viajam em cima de produtos como a mandioca, batata-doce, entre outros, com destino a Cidade de Quelimane.
As mães e pais de família reconhecem que se expõem ao perigo mas justificam que há falta de transporte, tal como diz Olga Rui. “O problema é a falta de transporte, por isso subimos na carga como passageiro. Estou a sair do Mali onde ia comprar mandioca e batata para vender no Mercado da Fé”, disse.
Feliz Antonio, ajudante de carro, está acostumado a enfrentar o perigo nas alturas, mas também diz que ele e os comerciantes não tem opções melhores. “Estou aqui para controlar em caso de cair alguma carga e devemos ficar aqui com os donos das cargas. Se ficamos aqui não é porque não sabemos dos riscos”, disse.
Os passageiros, também ficam em cima das mercadorias, pelo mesmo motivo, a falta de transporte. Encontrado também em cima das cargas, Timóteo Casa Nova, do distrito da Maganja, justificou, ” sou passageiro. Subi porque não estava a vir nenhum carro”.
Quando os motoristas dos carros se aproximam dos postos de fiscalização da Polícia de Trânsito, descarregam os passageiros e os esperam fora do alcance das vistas das autoridades.