O renomado escritor moçambicano, Mia Couto, disse, esta tarde, na capital do país, que se sente como se tivesse perdido uma parte de si, desde que soube da devastação provocada pelo ciclone tropical Idai, na cidade da Beira.
Aos 63 anos de idade, dos quais 17 vividos na Beira, sua cidade natal, Mia explica que o que lhe orgulha, agora virou um cemitério também dos vivos.
Para o escritor, o segundo Prémio Camões moçambicano e o mais traduzido em todo o mundo, apesar de ter havido um alerta, nem todos tiveram informação e não havia noção da magnitude do que estava por vir. Por isso, adianta o autor de Terra sonâmbula, é tempo de todos ajudarem, “mas deve-se pensar muito bem na reconstrução da cidade”.
Como forma de ajudar às vítimas, Mia Couto diz que decorrem acções na Fundação Fernando Leite Couto, na cidade de Maputo.