O Governo deve alocar recursos financeiros para a pesquisa de novas tecnologias de produção de energia no país. Quem o diz é o director geral-adjunto do Instituto Nacional de Minas, Grácio Cune, durante a conferência sobre indústria extrativa no país.
O primeiro dia da conferência internacional sobre a indústria extrativa, que acontece nesta quarta e quinta-feira, em Maputo, debateu sobre os modelos de gestão de recursos energéticos, tendo havido consenso de que não existe um modelo acabado, porém os Governos devem buscar suprir, primeiro, as necessidades internas.
O posicionamento é defendido pelo Administrador da Área de Projectos no Instituto Nacional de Petróleos (INP), José Branquinho, que considera ser essencial a atenção na gestão dos recursos energéticos, uma vez que grande parte dos países que descobriram o gás, nos últimos tempos, têm um mercado bastante incipiente.
“Seria importante ver como capitalizar esses recursos, a nível local, além de se pensar simplesmente na exportação”, disse Branquinho, acrescentando que “tem havido uma procura crescente destes recursos para desenvolvimento de projectos a nível local, o que pode fazer com que os recursos alimentem uma cadeia de valor, a nível local”.
Porque estes recursos não são renováveis, o director geral-adjunto do Instituto Nacional de Minas apela ao investimento na pesquisa de outros recursos.
Este pensamento surge, igualmente pelo facto de, alguns países vizinhos estarem a ressentir-se de uma crise energética, tendo a África do Sul como exemplo, sendo que Moçambique pode ajudar a minimizar a crise.
Mas, porque estes recursos não são renováveis, o director geral-adjunto do Instituto Nacional de Minas apela ao investimento na pesquisa de outros recursos.
“Apelo às Universidades em Moçambique para que usem o seu tempo para investigar novos processos de geração de energia. E o Governo deve, deve, deve alocar recursos à pesquisa de novas tecnologias. É que, se nós não investirmos na pesquisa de novas tecnologias, de novas formas de produção de energia, não vamos longe”, disse Grácio Cune.
No sector das Minas, Grácio Cune disse que, para além do carvão, no futuro, recursos como o Metano, a Turfa, recursos nucleares e geotérmicos, entre outros, poderão ser usados para a produção de energia para alimentar a indústria nacional e regional.