A Procuradoria-geral da República está a processar o Credit Suisse, o banco que emprestou o dinheiro das dívidas ocultas. A acção de responsabilidade civil foi submetida ontem no tribunal de Londres.
Ao todo são oito entidades empresariais que estão a ser processadas pelo Estado moçambicano, através da Procuradoria-geral da República, no tribunal de Londres. Trata-se do Credit Suisse International, Credit Suisse AG, Privinvest Shipbuilding S.A.L, Abu Dhabi (Branch), Abu Dhabi Mar LLC, Privinvest Shipbuilding Investments LLC, Logistics International SAL (offshore) e a Logistics International Investments.
Com a acção de responsabilidade civil, o Estado moçambicano quer exigir indeminização às empresas envolvidas no esquema fraudulento das dívidas ocultas.
Além de empresas, a acção movida pela Procuradoria-geral da República visa também os três antigos trabalhadores do grupo Credite Suisse, nomeadamente Surjan Singh, Andrew Janes Pearse e Detelina Subeva.
Trata-se das mesmas pessoas acusadas pela justiça norte-americana no processo-crime que envolve o antigo ministro das Finanças, Manuel Chang. A acção do Estado moçambicano deu entrada no tribunal de Londres na quarta-feira, segundo confirmou ao jornal O País uma fonte da Procuradoria-geral da República.
O pedido de responsabilização civil desencadeado em Londres decorre numa altura em que em Maputo há oito arguidos detidos e bens apreendidos no âmbito do processo-crime que investiga as dívidas ocultas.