Filipe Nyusi elogiou, hoje, a bravura da mulher no combate ao terrorismo em Cabo Delgado. Para o Presidente da Frelimo, a paridade de género alcançada no Governo não deve provocar relaxamento na luta pela emancipação da mulher.
O Presidente da Frelimo, Filipe Nyusi, orientou, na manhã desta quinta-feira, o arranque da segunda sessão ordinária do Conselho Nacional da Organização da Mulher Moçambicana, maior e mais antigo órgão social daquele partido.
O Chefe de Estado saudou o empenho da mulher nas várias acções tendentes ao desenvolvimento do país. Filipe Nyusi disse que, a título de exemplo, a mulher tem estado a assumir um papel preponderante, no âmbito do combate ao terrorismo.
No seu discurso, Nyusi, que é também Presidente da República, destacou o envolvimento da mulher no combate ao terrorismo e pediu mais firmeza.
“O fluxo da mulher que adere ao combate ao terrorismo é grande e faz isso com bravura, com uma vontade enorme. Muitas vezes são jovens e casadas, namoram, têm seus planos de vida. Ouço muitas delas a dizerem em forma de pergunta: se tem aqui um homem, por que eu não posso estar? Por que já houve mulheres no combate e eu não posso combater? Essa mensagem é muito forte, sobretudo porque são pessoas com muitas carências”, sublinhou.
Nyusi disse ainda que o país está a merecer reconhecimento internacional por ter alcançado a paridade de género no Governo, uma conquista que não deve criar relaxamento no seio das mulheres.
“Hoje, Moçambique faz parte da lista dos países que alcançaram a paridade de género na governação. No continente africano, é o terceiro país, depois do Ruanda e da Guiné-Bissau. Ao nível da SADC, Moçambique é o primeiro país a atingir a paridade de género no Conselho de Ministros. Mas os indicadores alcançados não devem ser entendidos como resultado de acomodação da mulher na liderança, nem se deve concluir que se trata de uma exigência na qual não se observa competência. A nossa opção pela mulher ou pelo homem é em resultado de meritocracia.”
A secretária-geral da OMM, Mariazinha Niquice, diz que as mulheres moçambicanas ocupam cargos de chefia ou destaque no país por mérito e competência e aponta exemplos de sucesso, para garantir que não há espaço para relaxamento.
“Assumimos que esta mulher está a desenvolver uma actividade ou ocupa um cargo de chefia por competência, porque, se não fosse isso, não estaríamos a ter cada vez mais mulheres em cargos de relevo”, argumentou Niquice.
Filipe Nyusi garantiu que o Governo vai continuar a promover acções que, de uma vez por todas, reduzam a violência contra a mulher, no seio familiar e da sociedade.
Numa altura em que está em curso o processo de recenseamento eleitoral no país, o Presidente da República e do partido Frelimo apelou à mulher para que seja o canal principal na disseminação de mensagens de persuasão para que a população aflua aos postos de recenseamento.
Nyusi encorajou, por isso, a OMM a mobilizar potenciais eleitores a aderirem ao recenseamento eleitoral, para que o partido consiga vencer nas 65 autarquias em disputa nas próximas eleições autárquicas, agendadas para o dia 11 de Outubro próximo.
“A meta da Frelimo é vencer de forma convincente em todas as 65 autarquias tanto na eleição dos presidentes dos municípios, como nas assembleias municipais.”
A segunda sessão ordinária do Conselho Nacional da Organização da Mulher Moçambicana, que termina esta sexta-feira, tem como objectivo apresentar e debater o relatório das actividades e execução orçamental 2022, discutir a proposta do plano de actividades para 2023 e o respectivo orçamento. O evento serviu, também, para homenagear o Presidente da Frelimo e da República, Filipe Nyusi, pela paridade de género no Governo de Moçambique.