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23 talentos de tirar o fôlego avançam para a final do MOZKIDS

Todos os 23 concorrentes que se apresentaram na 6ª gala do MOZKIDS Talents foram apurados para final, que terá lugar no próximo fim-de-semana. A grande surpresa foi anunciada no fim daquela que foi uma semi-final de tirar o fôlego

Os concorrentes do MOZKIDS Talents esmeraram-se na sexta gala para mostrar o talento que possuem, com vista a arrancar pontuação máxima do júri e “carimbar o seu passaporte” para grande final. O que eles só ficaram a saber no final da gala, é que todos já tinham sido apurados para  7ª e última gala do concurso infantil, organizado pelo Grupo Soico em parceria com o BancABC.

Porque se tratava de uma gala decisiva, os pequenos grandes artistas não pouparam esforços para dar o melhor de si. Com apresentações de tirar o fôlego de todos os presentes no cinema Scala, na tarde do último sábado, quase todos os concorrentes das categorias de Dança, Poesia, Teatro, Instrumentos Musicais e Canto conseguiram arrancar aplausos da plateia e notas máximas do júri. Nesta sexta gala, uma das estrelas que mais brilhou foi a única menina que continua no concurso na categoria de Instrumentos Musicais, Tanaya Cumbana.

Na companhia do seu piano, Tanaya fez uma viagem para interpretar “All of me” de John Legend. Não só viajou, como fez o público consigo viajar. O público não se contentou, somente, em embarcar na viagem como meros acompanhantes, mas também mostrou que a música que a “mozkid” interpretava era bem conhecida e tratou de colocar a voz no mesmo ritmo da melodia que saia do piano de Tanaya. E no fim, escutaram-se aplausos. Muitos aplausos. Quem também gostou da  apresentação foi o júri, que tratou de atribuir a pontuação máxima de 30 pontos. Na categoria de Instrumentos Musicais, seguem para a final mais dois: Fernando Tinosse, que também toca piano, e o baterista Igor Sobral. Já no Canto, uma das que mais se destacou foi Melony Macaringue ao interpretar “Love on top” da conceituada artista norte-americana Beyoncé. No palco do Scala, Melony mostrou que não só o amor estava em alto, como também a sua voz que levou o público ao delírio, quando cantou sem desafinar nas notas mais altas. O júri gostou do que ouviu e sem hesitar atribuiu a pontuação máxima, 30 pontos. Uma vez mais, Beyoncé. Depois de ter sido lindamente interpretada por Melony, a façanha repetiu-se. Mas desta vez na voz da concorrente Juelma Moiana. Escolheu o tema “Listen” e fez com que os presentes escutassem, em alto e bom som, o seu potencial vocálico. Juelma subiu ao palco, cantou, cativou e arrancou também  pontuação máxima do júri.

Quem não esteve nos seus melhores dias foi Tamires Moiana, que interpretou “I look to you”, de Whitney Houston. Arrancou aplausos do público que a muito se rendeu ao seu talento, mas não convenceu o júri. A única nota sete da sexta gala foi-lhe atribuída pelo professor de música, Ivan Manhique, justificando que a menina cantou fora do tom. Entretanto, Manhique não deixou de realçar que Tamires é um estrondo. Talvez seja por isso que recebeu notas nove dos outros membros do júri.

Também seguem para final, na categoria de Canto, Inalda Sumburane, Érica Tembe e Dárcia Mondlane.

Quanto à categoria de Dança, a dupla Elaine Chavo e Stivenson foi a mais feliz da tarde, ao levar o público do Scala a fazer uma viagem a terra do samba, ao som de Daniela Mercury, que recentemente este em Moçambique. Uma actuação que lhes valeu 29 pontos, nota máxima nesta categoria. Seguem para final, Ámbrosi Langa, Kayani Machavane, Yuran Manhiça, Anaís Macaringue e a dupla Shanaya Cumaio e Kyara Lopes.

Teatro apela ao fim dos Ataques em cabo delgado

Os pequenos actores da categoria de Teatro mostraram ter bem a noção de que, enquanto artistas, tem um papel social muito forte. Um dos concorrentes que traduziu bem isso foi a dupla composta pelas irmãs Ramla e Gleese Semkiwa. As manas representaram o drama das dezenas de pessoas que foram obrigadas a deslocar-se das suas casas em Cabo Delgado, na sequência dos recentes ataques, alegadamente protagonizados por um grupo terrorista.

Com sotaque e tudo, não só apelaram ao fim dos ataques, como também falaram dos malefícios da guerra e ainda deram uma aula sobre a diferença entre deslocado e refugiado de guerra. Todavia, foram traídas por problemas técnicos, o que lhes valeu 28 pontos do júri. Seguiu-se a outra dupla: Aliane Fernandes e Denilson Manhique. A dupla, que tem apostado em temas ligados aos direitos das crianças, abordou uma questão não menos importante: a violência contra menores protagonizada por familiares. Com uma boa dose de humor e drama, a dupla levou o público a reflectir, o que lhes valeu 30 pontos do júri. Segue igualmente para a final nesta categoria “a contadora de histórias”, Fernanda Raimundo.
 

Poetização do drama de transporte

Na categoria de Poesia, duas crianças tiveram a classificação máxima, mas foi Elísio Massango quem comoveu o público e o júri. O pequeno declamador falou de um drama que tal como referia na sua poesia é um “velho conhecido de todos”. Com ajuda de um pedaço de chapa de zinco, Elísio falou da crise de transporte na capital do país. Desde os tempos em que os semi-colectivos eram chamados “chapa 100” até agora, conhecidos como “my love” e “smartkikas”.

Uma vez mais uniu teatro à declamação, com crítica social profunda de forma impecável. Por isso, mereceu 30 pontos, tal como Alayna Dava, quem declamou o poema “negra”. Esta categoria contou com actuações de Ana Milena, que combinou canto, dança e instrumento musical na sua performance; Natolys Manjate e  Edmilton Chau, que também seguem à final.

 

 

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