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165 agentes envolvidos na campanha de educação cívica em Maputo

Decorre, desde hoje até 25 de Setembro próximo, a campanha de educação cívica para as quintas eleições autárquicas, sextas eleições gerais e terceiras eleições das assembleias provinciais em Moçambique, processos que têm sido caracterizados por abstenções.

As eleições autárquicas estão agendadas para 10 de Outubro de 2018 e as eleições gerais também marcadas para outubro de 2019.

Segundo a Presidente da Comissão Provincial de Eleições da Cidade de Maputo, Ana  Angelo Chemane, a campanha de educação cívica visa consciencializar e mobilizar o eleitorado a afluir em massa e participar nos dois escrutínios de “forma consciente e patriótica”.

Este processo acontece numa altura em que os moçambicanos se desinteressam cada vez dos processos eleitorais e Chemane quer abstenções zero durante processo tendo em conta o número dos eleitores recenseados.

Chemane, assegurou que as  condições estão criadas  para a campanha que envolve mais de 150  agentes para toda cidade.

De modo a garantir que a informação chegue de forma clara nas zonas suburbanas a CNE conta com apoio da tablet comunitário.

“Produzimos o tablet comunitário TV, na verdade trata-se de um ecrã gigante móvel que visa levar campanhas de educação cívica digital para as comunidades rurais como forma de atrair a atenção dos munícipes. Nesse processo aproveitamos também fazer inclusão digital e com isso queremos agregar ao que já tem sido feito, no caso concreto as campanhas convencionais, entrega de panfletos e palestras. Iremos também promover jogos interativos de perguntas e respostas onde os usuários poderão jogar e tirar dúvidas e desta forma iremos medir o sucesso ou não da campanha, fazendo registo do nível de compreensão das mensagens que são passadas” Disse Dayn Amade – Director Geral Kamaleon.

A campanha de educação cívica tem como um dos principais objectivos sensibilizar o eleitorado para a sua presença massiva  nas mesas de assembleias de voto, a fim de exercerem o seu direito cívico nas próximas eleições e a cidade de Maputo recenseou para estas eleições, 615.537 eleitores.

Por outro lado Ana Chemane reconhece que nos últimos processos eleitorais, o nível de abstenções tem-se revelado cada vez mais elevado.

No seu entender, o facto que não deve ser encarado como problema apenas dos órgãos eleitorais, mas sim, de toda a sociedade moçambicana, por ser um dever cívico, necessário para a manutenção da democracia genuína, legitimação dos eleitos pelo povo e uma melhor qualidade de vida.

Neste contexto, a população deve participar na campanha de educação cívica e torná-la uma oportunidade de ensinamento e de exaltação dos seus direitos e deveres, bem como influenciar aqueles que se abstém de participar nos processos eleitorais.

Chemane acrescenta ainda que é imperioso que todos recorram aos recursos ao seu dispor para formar, informar, mobilizar e persuadir o eleitorado a participar de forma activa, não só nas eleições autárquicas, como também nas eleições gerais e das assembleias provinciais do próximo ano.

 

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