A Federação Internacional de Voleibol (FIVB) colocou Moçambique no centro das atenções ao destacar a pátria amada como o único representante da África Austral qualificado para o Mundial da Austrália. Este feito confirma o crescimento e a evolução do país nas competições internacionais.
A evolução do vólei de praia de Moçambique continua a ser admirada um pouco por todo o mundo, depois das brilhantes vitórias alcançadas em provas internacionais, bem como as conquistas em circuitos regionais e provas continentais, tanto das duplas principais, assim como das duplas de sub-21.
A FIVB sublinhou a experiência acumulada nas duplas, referindo a quarta participação de Vanessa Muianga e a estreia em mundiais seniores de Mércia Mucheza, Osvaldo Mungoi e José Mondlane. Vale notar que José Mondlane e Mércia Mucheza já contam com experiência prévia no Campeonato do Mundo de Sub-21.
A participação do circuito mundial elite 16, também foi muito destacada, após terminar entre as 16 melhores duplas do mundo no torneio Elite 16, um evento serviu preparação de grande exigência para Moçambique.
A Federação Internacional reconhece que o apoio dado através do programa “Empowerment” tem sido importante para este sucesso. Este programa permitiu a chegada do Seleccionador nacional Han Abbing, que se juntou à equipa técnica composta pelos treinadores Osvaldo Machava, Marcelo Tsane, Alirio Manjate, Bonomar Macuacua e Assiat Ibraimo.
Com os olhos postos no futuro, a Federação Moçambicana de Voleibol (FMV) vai agora negociar com a FIVB mais apoios para garantir estágios em centros de alto rendimento. O objectivo é melhorar ainda mais o desempenho dos atletas e traçar o caminho rumo aos Jogos Olímpicos de Los Angeles em 2028.
Moçambique acolhe a final do regional de voleibol de praia
A Praia da Costa do Sol volta a acolher o circuito Regional de Voleibol praia (CAVB Zone VI). O certame vai decorrer em Maputo de 6 a 10 de Novembro.
A competição promete ser escaldante, com a participação confirmada de duplas de excelência da África Austral. No caminho da glória de Moçambique estarão as formações da África do Sul, Eswatini, Lesoto, Botswana e Namíbia, num confronto que definirá a supremacia regional.
Vale lembrar que, para Moçambique, este circuito regional de voleibol de praia serve de preparação final para o Campeonato Mundial na Austrália, que vai decorrer ainda neste mês de Novembro. Neste evento mundial, Moçambique será representado em seniores femininos por Vanessa Muianga e Mércia Mucheza e em masculinos por Osvaldo Mungoi e José Mondlane.
O Automóvel e Touring Clube de Moçambique (ATCM) repudia e distancia-se da circulação de um documento estranho ao Clube, intitulado “Comunicado da Comissão de Gestão – Acórdão do Tribunal Supremo”, divulgado no dia 27 de Outubro de 2025.
De acordo com esta agremiação, o referido comunicado foi escrito por indivíduos estranhos à estrutura do Clube e supostos sócios de má-fé, incluindo antigos sócios e determinados actores externos com “interesses imobiliários nas infra-estruturas do ATCM”.
“Este documento não é oficial, não foi emitido nem autorizado por qualquer órgão legítimo do ATCM, e constitui uma tentativa deliberada de usurpação de identidade institucional, com o propósito claro de confundir os sócios, manipular a opinião pública e fragilizar o Clube”, lê-se no comunicado do ATCM, divulgado esta quinta-feira.
A direcção do ATCM, liderada por Rodrigo Rocha, refere ainda que referido texto é o produto de um pequeno grupo de indivíduos ligados ao ATCM, alguns antigos sócios e ex-colaboradores, sem qualquer legitimidade associativa ou jurídica, que, movidos por interesses pessoais e ambições financeiras, procuram desestabilizar a gestão legítima e criar confusão entre os membros e o público.
Esclarece também que os Estatutos do ATCM não prevêem a existência de uma Comissão de Gestão, daí que não há fundamento para a concepção de um órgão desta natureza.
O comunicado a que “O País” teve acesso avança, igualmente, que não existe nenhuma ordem judicial que dê poderes aos subscritores do referido comunicado de poderem representar o ATCM e emitirem dois comunicados em nome do Clube, daí que o mesmo é nulo e sem nenhum efeito jurídico.
Segundo o ATCM, a suposta reunião de Assembleia-Geral que alegadamente sustenta a eleição da aludida Comissão de Gestão é irregular e foi ensaiada por indivíduos que a todo o custo e à margem dos Estatutos pretendem apoderar-se do Clube, tendo sido tomadas deliberações à margem da Lei, até porque o processo está a correr em tribunal.
Nesse sentido, “a direcção do ATCM reafirma que todas as suas deliberações e actos administrativos seguem rigorosamente os estatutos, as leis da República de Moçambique e as normas internacionais que regem a Federação Internacional do Automóvel (FIA).”
O ATCM assegura que continuará a ser uma instituição de desporto, união e prestígio nacional, com a missão de promover o automobilismo e o turismo desportivo em Moçambique.
Homem de 70 anos de idade é acusado de vender o terreno do seu falecido irmão e de deixar os oito sobrinhos, filhos do finado, ao relento, em Chibuto, na província de Gaza. Familiares suspeitam do envolvimento de líderes locais no esquema. O Acusado diz ser proprietário do espaço e confirma venda por dois milhões de meticais. O caso segue no tribunal.
Uma dupla perda. São oito irmãos, que depois da morte do pai há 3 meses, ficaram sem a casa, depois que o imóvel foi vendido de forma secreta pelo tio, que vive actualmente na cidade de Maputo.
Contatado pelo “O País”, o acusado disse ser o legítimo proprietário do espaço e confirmou a venda do terreno no valor de mais de dois milhões de meticais a Silvestre Macuácua, suposto proprietário do imóvel. Os queixosos, entretanto, dizem que ao se aperceber da frágil condição de saúde do malogrado, por sinal seu irmão mais novo, o tio teria iniciado o negócio nos finais do ano passado, processo antecedido pela falsificação da titularidade do espaço com suposta ajuda de algumas das autoridades do bairro 3 de Chibuto.
Confrontadas, as autoridades do bairro negam e dizem ser acusações infundadas. “A compra e venda do imóvel ocorreu na minha ausência. Vi os documentos no dia de chegada de Maputo, mas por falta de assinaturas não avançámos. Entretanto, o caso chegou ao tribunal”, declarou Mário Dove, secretário do bairro 3, em Chibuto.
Revoltados com a decisão das autoridades de justiça em Chibuto, moradores do bairro 3 decidiram invadir a casa do líder local.
Estão envolvidas neste assunto autoridades do município e tribunal. Até fecho desta reportagem “O País” não teve acesso a decisão do tribunal da cidade de Chibuto, mas sabe se que o novo dono do espaço tem recorrido a ameaças tem pressionado para a retirada desta família, que no entanto garante manter se no local.
A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) negou que os cristãos na região estejam a ser alvo específico dos terroristas, contrariando as acusações do Presidente norte-americano, Donald Trump, de haver “um massacre” na Nigéria.
A CEDEAO chamou a atenção num comunicado divulgado na terça-feira para “o nível crescente de violência perpetrada por grupos terroristas de diversa índole em alguns países da região da África ocidental, incluindo a Nigéria”.
O bloco regional, que tem a sua sede na capital administrativa nigeriana de Abuja, afirmou que “os autores dessa violência atacam civis inocentes de todas as confissões religiosas, incluindo muçulmanos, cristãos e pessoas de outras religiões”.
“A violência relacionada com o terrorismo não discrimina por motivos de género, religião, etnia ou idade”, de acordo com “relatórios independentes [feitos] ao longo dos anos”, acrescentou-se no comunicado.
A CEDEAO apelou às Nações Unidas e aos seus parceiros para rejeitarem “qualquer alegação de que esses grupos terroristas atacam um grupo em particular ou de que está a ser cometido um genocídio contra um grupo religioso específico na região”.
O bloco rejeitou “energicamente essas afirmações falsas e perigosas que procuram aprofundar a insegurança nas comunidades e enfraquecer a coesão social na região”, sem mencionar directamente o Presidente norte-americano.
A CEDEAO apelou também à comunidade internacional para que apoie os países da região na sua luta contra o terrorismo “que atenta contra todas as comunidades”.
O Presidente dos Estados Unidos da América afirmou no sábado que ordenou ao Departamento de Guerra que se preparasse para uma “possível acção” na Nigéria a fim de “eliminar os terroristas islâmicos”, e acusou o Governo nigeriano de “permitir a matança de cristãos”.
Já na sexta-feira, Donald Trump tinha acusado sem provas a existência de “um massacre” de cristãos na Nigéria e anunciou que declarava o país como “nação de especial preocupação”, uma designação aplicada a países “envolvidos em graves violações da liberdade religiosa”.
O Governo nigeriano disse que tomou nota das declarações de Donald Trump, mas que as alegações “não reflectem a realidade no terreno”.
ONU alerta que Irão tem de melhorar cooperação no programa nuclear
O director-geral da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) afirmou, num artigo ontem publicado, que o Irão tem de melhorar a cooperação com os inspectores da ONU para evitar “mais tensões com o Ocidente”.
Ao jornal britânico Financial Times, Rafael Grossi considerou que a AIEA realizou dezenas de inspecções no Irão desde os ataques israelitas e norte-americanos em Junho, embora “não tenha tido acesso às instalações nucleares mais importantes do país”, como Natanz, Isfahan e Fordo.
Estas três instalações nucleares foram bombardeadas pelos Estados Unidos, em 22 de Junho, em ataques realizados na sequência da ofensiva de Israel contra infra-estruturas nucleares e militares em Teerão, a 13 de Junho.
Israel justificou os ataques como uma resposta à aceleração do programa nuclear iraniano, que Telavive considera uma ameaça. Teerão respondeu com disparos de mísseis balísticos e envio de drones contra alvos em território israelita.
Grossi declarou existir agora uma “necessidade imperiosa de retomar as inspeções” nas instalações de Natanz, Isfahan e Fordo, dado que, de momento, “se desconhece o destino de mais de 400 quilogramas de urânio enriquecido que se encontrava no interior” das centrais, quando ocorreram os ataques israelitas.
“Já devíamos ter retomado estas atividades”, sublinhou.
“Estamos a tentar gerir as relações com o Irão através do entendimento, mas o país terá de cooperar. O que não se pode fazer é dizer que se adere ao Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP) e depois não cumprir com as obrigações”, afirmou.
A AIEA desempenha um papel central e essencial na aplicação do TNP, um tratado internacional para impedir a disseminação de armas nucleares, promover o desarmamento nuclear e fomentar o uso pacífico da energia nuclear.
O director-geral da AIEA afirmou que a instituição “tem recorrido a imagens de satélite para monitorizar as instalações bombardeadas”, embora tenha descartado, por agora, “a necessidade de chamar a atenção do Irão no Conselho de Segurança da ONU relativamente a estas inspecções”.
O Ministro do Interior pede aos cidadãos para agirem de acordo com a lei, e encaminharem as suas reivindicações às autoridades competentes, evitando a justiça com as próprias mãos. Paulo Chachine reagia ao linchamento de um agente da Polícia em Zóbue, na província de Tete, ocorrido esta Terça-feira.
Celebra-se esta quarta-feira o Dia da Legalidade. As instituições de administração da Justiça e da Legalidade depositaram uma coroa de flores na Praça dos Heróis, em Maputo, para assinalar a efeméride. Na ocasião o Ministro do Interior reagiu ao linchamento de um agente da PRM em Tete.
“É triste e infelizmente isso acontece, mas não deve acontecer, porque, quando nós falamos de conformidade com a lei, não fazemos esta exigência apenas para a Polícia, para as instituições de administração da justiça, mas para todo o cidadão. O cidadão também, nas suas acções, deve se conformar com a lei. Há justiça, e a justiça deve ser feita por instituições próprias, pelas instituições da justiça, não a justiça pelas próprias mãos”, disse o ministro, apelando que os cidadãos conforme as suas acções com a lei.
Outro acto que atenta à legalidade em Moçambique são os raptos, e o Governante garante que há esforços para combater o mal.
“Raptos é um crime organizado, e tudo que é crime organizado tem uma teia de responsáveis, uma teia de responsáveis por este acto, desde o mais pequeno até ao dono, até ao mandante. E é por causa disso que, às vezes, se pensa que ainda não chegamos lá, mas vai chegar-se aos verdadeiros mandantes”, acrescentou o Chachine.
O Dia da Legalidade é celebrado em Moçambique desde 1981.
Um tribunal marroquino condenou, na terça-feira, um homem a cinco anos de prisão e a uma multa de 107.300 dólares por tráfico de seres humanos, na primeira sentença do país contra alguém acusado de aliciar pessoas para trabalhar num esquema de exploração sexual na Ásia.
O caso envolveu vários jovens marroquinos que disseram ter sido atraídos por uma oferta de emprego online que prometia boa remuneração na Tailândia. Em vez disso, foram vítimas de tráfico humano para Myanmar e forçados a trabalhar a mais de 14.966 quilómetros (9.300 milhas) de casa, facilitando fraudes e golpes online.
O réu, Nabil Moafik, negou as acusações e classificou o tráfico de seres humanos como um “crime contra a humanidade” que ele jamais cometeria.
As Nações Unidas afirmam que cerca de 120 mil pessoas estão presas em centros de tráfico humano e que processos judiciais foram instaurados em todo o mundo para combater o tráfico de pessoas. Vários desses processos estão tramitando nos tribunais marroquinos.
Em Casablanca, vítimas presentes no tribunal disseram à Associated Press que testemunharam tortura e outros tratamentos degradantes nos centros de detenção de Myanmar. Algumas afirmaram ter conseguido a libertação após pagar resgates em criptomoedas, de acordo com documentos judiciais fornecidos pelos advogados.
Os promotores disseram que Moafik administrava um grupo no Facebook que ajudava imigrantes marroquinos a se adaptarem à vida na Turquia. Lá, ele publicou um anúncio para uma vaga de emprego em um call center na Tailândia. Uma pessoa, Youssef Amzouz, respondeu ao anúncio. Ele foi colocado em contacto com outro marroquino que cuidou do recrutamento, realizou as entrevistas e enviou o dinheiro para a compra de uma passagem aérea para a Malásia.
Um relatório policial lido em tribunal afirmou que Moafik apresentou Amzouz a outro marroquino que, posteriormente, exigiu que ele pagasse um resgate ou recrutasse outras 100 pessoas para garantir sua liberdade.
Moafik disse ao juiz que Amzouz ligou para ele depois de sair do local do golpe, dizendo que estava recebendo tratamento em um hospital devido a ferimentos sofridos em decorrência de tortura.
“Eu era apenas um intermediário de empregos. Recebia entre US$21 e US$107 por cada pessoa que recrutava”, disse Moafik. “Eu não fazia ideia de que tudo isso aconteceria.”
A Organização Internacional para as Migrações, um órgão da ONU, afirmou que os intermediários podem não ter consciência de que estão participando do tráfico de pessoas, o que dificulta a punição desses crimes transfronteiriços.
O procurador-geral argumentou que Moafik tinha como objectivo lucrar com o comércio de mercadorias, classificando-o como “um elemento essencial no crime de tráfico de pessoas”.
O portal de notícias local Hespress informou no início deste ano que o Ministério das Relações Exteriores de Marrocos conseguiu a libertação de 34 cidadãos que foram vítimas de tráfico humano para centros de golpes online em Myanmar. O ministério não respondeu às perguntas enviadas por e-mail pela Associated Press sobre o número total de marroquinos afetados.
A FIFA anunciou ontem a criação do “Prémio FIFA pela Paz – O Futebol Une o Mundo”, destinado a reconhecer acções em prol da paz e da unidade entre os povos.
O prémio pretende distinguir indivíduos que, através do seu compromisso e das suas acções, tenham lutado pela paz e contribuído para unir pessoas em todo o mundo.
De acordo com a FIFA, o galardão será atribuído anualmente, em nome de todos os amantes do futebol no mundo que, através do desporto, contribuem diariamente para o lema da instituição: “O futebol une o mundo”.
O primeiro vencedor receberá a distinção das mãos do presidente da FIFA, Gianni Infantino, no dia 05 de Dezembro, durante o sorteio final do Mundial 2026, que decorrerá em Washington DC, nos Estados Unidos.
“Num mundo cada vez mais instável e dividido, é fundamental reconhecer a contribuição extraordinária daqueles que trabalham para pôr fim aos conflitos e unir as pessoas num espírito de paz”, afirmou Gianni Infantino.
Com esta iniciativa, a FIFA pretende reforçar o papel social e simbólico do futebol como instrumento de união global e de promoção da paz através do desporto.
O Fórum Nacional sobre Paz e Reconciliação, realizado esta quarta-feira, em Maputo, destacou que a verdadeira paz em Moçambique não se conquista apenas com o fim do conflito, mas com justiça, inclusão social e respeito pelos direitos humanos.
Promovido pelo Instituto para a Democracia Multipartidária (IMD) e parceiros, com o apoio da União Europeia (UE), o encontro reuniu representantes de instituições nacionais, organismos internacionais e membros da sociedade civil, com o objectivo de construir caminhos concretos para a reconciliação nacional.
“Haverá paz quando houver justiça e dignidade para todos. A paz não é apenas a ausência de conflito, mas a presença de equidade e respeito pelos direitos humanos”, afirmou Séverine Landeny, representante da ONU em Moçambique, sublinhando que o país ainda enfrenta desafios significativos na consolidação da unidade nacional.
O director do IMD, Hermenegildo Mulhovo, reforçou que o Fórum é apenas uma etapa de um processo contínuo: “Este é um espaço para recolher contributos para um diálogo nacional inclusivo. A reconciliação não é mágica, exige tempo, coragem e compromisso de todos os sectores da sociedade.”
O reitor da Universidade Pedagógica de Maputo, Jorge Ferrão, lembrou que Moçambique continua distante de alcançar uma paz plena. “Não podemos falar de paz verdadeira se não colocarmos a justiça e a dignidade no centro do nosso trabalho. O país ainda carrega feridas antigas que precisam ser tratadas com atenção e responsabilidade”, disse Ferrão.
Por seu turno, o Governo defendeu o abandono de julgamentos com base nas memórias do passado, apelando ao reforço do bem-estar comum como pilares da reconciliação.
“A paz exige que olhemos para o futuro, priorizando o bem colectivo e a unidade nacional em detrimento de interesses individuais ou partidaristas”, afirmou o representante do Ministério da Justiça.
Já o Conselho Cristão de Moçambique (CCM) também se manifestou, apelando à superação de interesses particulares. “O momento exige que cada um de nós coloque o bem do país acima de objectivos pessoais e com sinceridade. Só assim poderemos consolidar a unidade nacional”, frisou Rodrigues Dambo, presidente do CCM.
Além disso, o político Óscar Monteiro alertou que muitas das tensões actuais têm origem em assuntos do passado ainda não resolvidos com bases étnicas.
“Não podemos ignorar que problemas antigos continuam a gerar conflitos e desconfiança. Precisamos de coragem para enfrentar essas questões e construir um futuro melhor”, disse Monteiro.
Por seu turno, a União Europeia reconheceu os avanços de Moçambique no caminho da reconciliação, mas destacou que ainda há muito trabalho a ser feito. A ocasião serviu para o IMD anunciar planos de replicar o Fórum nas demais províncias, garantindo que o diálogo nacional seja verdadeiramente inclusivo e que a participação da sociedade civil seja ampliada.
Mais de 500 famílias afectadas pelas inundações, na cidade de Maputo, regressaram às suas casas depois do bombeamento das águas da chuva. O edil Rasaque Manhique diz que o reassentamento está refém da criação de condições.
Pelo menos 37 mil pessoas que se encontram nas zonas de risco poderão ser afectadas nesta época chuvosa 2025-2026, na Cidade de Maputo. Neste momento, cerca de 700 famílias ainda vivem em casas alagadas.
A preocupação foi levada a Rasaque Manhique nesta quarta-feira, pelas bancadas municipais, durante mais uma sessão da Assembleia Municipal de Maputo.
“Os munícipes clamam por uma intervenção que resolva o problema, pois mais famílias são obrigadas a abandonar as suas zonas de residência, o que agrava o cenário de pobreza urbana. Aliás, o saneamento é uma emergência na cidade de Maputo. A preocupação é ainda maior porque iniciou o período chuvoso”, explicou Augusto Banzo, chefe da bancada municipal do MDM.
Nos centros de acolhimento, algumas famílias continuam a viver na incerteza e queixam-se de falta de condições.
“De forma persistente, temos vindo a questionar sobre as medidas tomadas neste governo municipal, para resolver os problemas dos munícipes de Hulene, Magoanine, entre outros bairros propensos a inundações. Todavia, temos visto munícipes clamando por falta de assistência nos centros de acomodação, más condições de higiene e existência de apenas uma única casa de banho para todos. A pergunta que não quer calar é, se até hoje em algumas residências temos poças de água estagnada, o que será destas famílias e de outras?”, questionou João Rebenze, Chefe da Bancada da Renamo.
Para a bancada municipal da Frelimo, o bombeamento de água em curso em alguns bairros, é uma solução eficaz para resolver o problema.
“Com o bombeamento e criação de sistemas que garantem uma maior capacidade de escoamento de águas pluviais, significa que nos próximos tempos teremos menos problemas decorrentes das descargas pluviométricas ”.
Por sua vez, Rasaque Manhique garante que centenas de famílias regressaram às suas casas, desde o arranque do processo. O edil fala de um espaço com capacidade para reassentar mais de 500 famílias, identificado no distrito de Matutuine.
“Sobre o reassentamento, continuamos a dizer que não basta apenas identificar o local e levar a nossa população, sem que criemos condições mínimas. O Executivo está comprometido para que, além de receber os espaços, trabalhe para criar condições de habitabilidade ”
Na sessão da Assembleia Municipal, os deputados condenaram a ocorrência de raptos, na capital do país, e exigem o reforço da segurança.
A Associação Moçambicana de Editores e Livreiros (AMEL) marca presença na 44ª Feira Internacional do Livro de Sharjah (SIBF), que decorre desde o dia 1 de Novembro na Capital Cultural dos Emirados Árabes Unidos. Moçambique é ainda representado por Paulina Chiziane, Jeffrey Mason, Huwaida Saleh e Pedro Perreira Lopes.
Reconhecida como a melhor feira do livro do mundo pelo quinto ano consecutivo, a SIBF reúne 2 200 expositores provenientes de 112 países e atrai mais de 2,17 milhões de visitantes, consolidando a sua posição como um dos maiores e mais influentes encontros do sector editorial a nível global.
O evento, que este ano decorre sob o lema “Entre ti e um livro”, iniciou com a Conferência de Editores, que incluiu formações especializadas, mesas redondas e sessões B2B dedicadas à aquisição e negociação de direitos de tradução e publicação.
A AMEL foi representada pela sua Presidente, Sandra Tamele, da Editora Trinta Zero Nove, que apresentou um catálogo de literatura moçambicana contemporânea publicada pelos membros da associação, com o propósito de ampliar a visibilidade internacional dos autores moçambicanos e fortalecer parcerias editoriais com o mundo árabe.
Sob instância de Sandra Tamele, o programa da feira que vai até 16 de Novembro regista pela primeira vez a presença dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), com destaque para a participação de Paulina Chiziane, a primeira mulher Africana a vencer o Prémio Camões, num painel sobre “Estórias de Pertença”, ao lado de Jeffrey Mason e da Dra. Huwaida Saleh.
A delegação de língua portuguesa inclui ainda Ondjaki (Angola) e Pedro Pereira Lopes (Moçambique), numa participação que Tamele descreve como “o reencontro entre os Países do Golfo e a língua portuguesa”, esperando que seja “a primeira de muitas”.
Durante o evento, a AMEL garantiu manifestações de interesse internacionais para a publicação de: Niketche, de Paulina Chiziane, pela Sidra Publishing, uma jovem editora independente emiradense especializada em tradução literária; uma antologia de poesia moçambicana pela Nobilis Maison d’Édition SARL, sediada em Beirute; Teatro de Marionetes de Jofredino Faife pela Al Arabi Publishing and Distributing, a maior editora do Egipto; e Uma Onça na Cidade de Deusa D’África pela Vakxicon Publications da Grécia, o país convidado de honra em Sharjah em 2025.

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