O presidente ucraniano diz que está disponível para conversar com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, mas sem ultimatos. Segundo Volodymyr Zelensky, a Ucrânia quer a paz, o respeito pela soberania e a integridade territorial e não está disposto a abrir mão disso.
As negociações com o Moscovo são complicadas, uma vez que todos os dias os russos ocupam aldeias, muitas pessoas abandonaram casas, outras foram mortas e os ucranianos sofrem torturas e assassinatos, afirmou Volodymyr Zelensky.
O Presidente ucraniano defendeu, de acordo com a imprensa internacional, que o exército russo deve deixar o país o mais depressa possível e responder pelo que fez.
Sei que Putin quer conseguir resultados, mas ter de ceder alguma coisa para salvar a face do presidente russo não é justo. A Ucrânia não vai salvar a face de ninguém pagando com os seus territórios, disse Zelensky, sublinhando que em nenhum momento considerou reconhecer a independência da Crimeia, anexada pela Rússia, em 2014, e sustentou que o território em referência sempre foi ucraniano.
O líder ucraniano adiantou ainda que a Ucrânia quer a paz. Quer coisas muito normais como respeito pela soberania, pela integridade territorial e tradições do seu povo, como a língua. Podem ser coisas triviais, mas foram violadas pela Rússia e devem ser devolvidas.
Desde a invasão russa à Ucrânia, a 24 de Fevereiro, mais de três mil civis morreram e outras mais 13 milhões de pessoas fugiram do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.