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Zambézia terá fábrica capaz de processar 20 mil cocos por dia

Foi lançada na Zambézia a primeira pedra para a construção de uma fábrica de processamento de coco, avaliada em 4,8 milhões de dólares. O projecto, que será implantado no povoado de Guruai, vai permitir o processamento de 20 mil cocos por dia, produzindo óleo, água, fibra e copra.

Desde 2008, ano em que foi concebido o projecto de combate e controlo do amarelecimento letal, que foi aprovado pelo Governo moçambicano, até 2014, o Millennium Challenge Account (MCA) aplicou um volume de investimento na ordem de 18 milhões dólares para satisfazer o sector familiar. Ou seja, depois de abatidas as palmeiras doentes, o MCA trabalhou junto das comunidades afectadas no sentido de se fazer a reposição através de novas mudas resistentes àquela doença.

Nas zonas totalmente afectadas, foram criadas alternativas para apoiar a renda das famílias camponesas, tendo alguns coqueiros resistido à doença. Alguns estudos indicam que mais de 60 mil hectares de coqueiros do sector familiar, nas zonas epidémicas, estão controlados.

Para revitalizar o palmar, está em curso um grande projecto que visa relançar o sector familiar. A província da Zambézia acolheu o lançamento da primeira pedra para a construção de uma fábrica capaz de processar 20 mil cocos por dia, produzindo óleo, água, fibra e copra.

O projecto está avaliado em 4,8 milhões de dólares e será implantado no povoado de Guruai, distrito de Mocubela, a norte da província.

Pio Matos, governador da Zambézia, fez saber que a fábrica vai reanimar os que estavam afectos à empresa Madal, que operava no ramo da palma, mas devido a vários factores, como o amarelecimento letal, perderam emprego, aumentando os níveis de pobreza nas comunidades.

“Estamos confiantes e acreditamos que, com os números de emprego lançados aqui para as comunidades, sem dúvidas, a Zambézia caminha para o desenvolvimento. Estamos felizes com o projecto e esperamos inaugurá-lo daqui a um ano”, disse Pio Matos.

Os fundos para a construção da fábrica são da East Agro, filial da Tazeta, uma empresa de capitais estrangeiros, que opera no sector das areias pesadas, no distrito de Pebane.

Com a fábrica a funcionar, numa área de 50 mil metros quadrados, “o projecto para além de dinamizar a reposição do palmar, vai igualmente usar o coqueiro para produzir renda para a empresa e as famílias”, explicou Milena Silva, directora da East Agro.

Na ocasião, foi  lançado o projecto de construção de linha de energia de média tensão, avaliado em 22 milhões de Meticais, infra-estruturas que vão beneficiar as comunidades de Guruai.

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