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Zambézia espera gerar 3500 novos empregos até 2025 com aumento da produção de tilápia  

Foto: O País

A província da Zambézia espera produzir, até 2025, cerca de 3500 toneladas de peixe em cativeiro e gerar 3500 novos empregos. Para o efeito, estão a ser investidos parte dos USD 49 milhões financiados pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola. O fundo em referência está a ser investido em sete províncias do Centro e Norte do país. Hoje, o Governo provincial procedeu ao lançamento da campanha de povoamento de unidades de produção aquícola.

O Governo provincial da Zambézia está a massificar a produção de peixe em cativeiro, sendo que, até agora, há registo de 1400 produtores um pouco pelos 22 distritos. A iniciativa visa melhorar a dieta alimentar e nutricional nas comunidades, numa altura em que a desnutrição crónica na província da Zambézia ronda os 44% do total da população e, se não houver a produção e consumo de produtos locais, a situação pode piorar. É neste sentido que, nos últimos anos, tem siso acelerado o processo de prática da aquacultura.

O director  provincial da Agricultura e Pescas da Zambézia, Fernando Namucua, defendeu, hoje, durante o lançamento da campanha de povoamento de unidades de produção agrícola, a necessidade de se incrementar os níveis de produção da aquacultura, para a melhoria de vida da população da província e não só.

“O Governo lança hoje a semente neste primeiro ciclo de produção, disponibilizando alevinos e ração. O povoamento, no próximo ciclo de produção aquícola, dependerá muito do que irão alcançar nesta fase. É daqui que deve sair o dinheiro para alevinos e ração, assegurando a continuidade das actividades”, referiu o director, dirigindo-se aos membros da Associação dos Operadores e Trabalhadores do Sector Informal, a primeira a beneficiar-se de financiamento, no âmbito do Projecto de Desenvolvimento da Aquacultura de Pequena Escala (PRODAPE).

O projecto tem como meta o povoamento de 44 tanques piscícolas naquela província do Centro do país. Trata-se de uma associação com 32 membros, sendo 18 homens e 14 mulheres.

No âmbito do PRODAPE, serão povoados cerca de 150 tanques e espera-se uma produção de 81 toneladas de peixe.

Por seu turno, a directora-geral do Instituto Nacional de Desenvolvimento da Pesca e Aquacultura, Paula Santana Afonso, falou dos desafios da instituição que dirige que é desenvolver a aquacultura. Segundo disse, para cumprir esta missão, é preciso ter ração e alevino de qualidade, sistemas de conservação e comercialização de todo tipo de pescado.

“Nós estamos aqui porque temos uma meta como sector de aquacultura, que é de incrementar a produção de pescado no país, particularmente da aquacultura. O nosso objectivo passa por ter um incremento das cerca de cinco mil toneladas que estamos a produzir neste momento para 27 mil em 2024”, incluindo a contribuição do PRODAPE até ao fim da sua implementação.

PRODAPE é uma iniciativa do Governo de Moçambique, através do Ministério do Mar, Águas Interiores e Pescas, sob implementação do Instituto de Desenvolvimento de Pesca e Aquacultura (IDEPA). O projecto, lançado em 2021, tem apoio financeiro do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), e é implementado em 23 distritos das províncias do Centro e Norte do país, num valor global de 49 milhões de dólares norte-americanos.

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