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Xenofobia na África do Sul deixa 544 moçambicanos sem casas

Desde 1 de Setembro, estrangeiros na África do Sul sofrem violência xenófoba. Até aqui, há pelo menos 10 mortos, de acordo com a última actualização.

Entre os afectados pelo "ódio", estão moçambicanos, que apesar de não fazerem parte das vítimas mortais, têm sofrido a destruição das casas.

"Até aqui há um total de 544 moçambicanos que tiveram as casas destruídas", informou Geraldo Sancara,  porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação (MINEC).

Devido a intensidade da violência, muitos são os moçambicanos que querem regressar ao país com urgência. "Dos 544 moçambicanos, 397  já manifestaram interesse em voltar à casa" acrescentou o porta-voz do MINEC.

Para analisar o fenómeno e encontrar mecanismos de apoio às vítimas da violência, o Comité Técnico para a Gestão das Calamidades esteve reunido esta sexta-feira, com vista a delinear estratégias, como é o caso da criação de um centro de trânsito no país, onde estarão as vítimas que se voluntariaram ao repatriamento.

"Já temos identificado um local onde vamos acomodar os que regressarem da África do Sul, caso sejam pessoas sem família aqui em Maputo. O centro estará em Boane", disse Augusta Maita, Directora-geral do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC).

Estima-se que no total há pelo menos, 8 mil moçambicanos a residir na África do Sul, sobretudo, nas cidades de Joanesburgo, Durban e Nelspruit.

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