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Dirigentes defendem vigilância para impedir recrutamento de jovens por terroristas

Foto: O País

Preocupante! É como governantes e antigos dirigentes reagem ao alastramento do terrorismo no país. Pedem, por isso, vigilância total da sociedade e dos pais, para que os jovens não sejam enganados por terroristas.

Dias depois de o Presidente da República ter dito que os terroristas estão a recrutar jovens um pouco por todo o país, dirigentes defendem que o mal só pode ser travado com vigilância.

“Temos que estar vigilantes, o terrorismo não existe só para Cabo Delgado, este fenómeno pode aparecer em qualquer canto do país. Por isso, cada moçambicano deve estar atento ao que acontece ao seu redor para denunciar acções estranhas”, defendeu Roque Silva, uma visão que também é partilhada por Aires Ali que acrescenta que o terrorismo é fruto da cobiça existente em relação às riquezas do país.

“O país está a crescer, está a conhecer novos ritmos de desenvolvimento, tem novas perspectivas, há sinais encorajadores para a descoberta de riqueza. Há uma série de oportunidades no país e isso aguça o interesse dos nossos adversários, dos nossos inimigos. Por isso, dizemos que a vigilância é extremamente importante. Hoje estamos num novo contexto de avanço tecnológico, mas as palavras unidade, trabalho e vigilância continuam actuais. Temos que estar vigilantes para proteger a nossa riqueza, para assegurar o nosso bem-estar”, reiterou o antigo Primeiro-ministro.

O papel dos pais é também chamado para que os jovens não sejam enganados por pessoas mal-intencionadas. “Deixar os filhos sem controlo pode influenciar para que estes caiam nas mãos dos terroristas. Estes recrutamentos que estão a surgir não ajudam no processo de pacificação do país”, disse Raimundo Diomba, antigo governador da Província de Maputo, para quem os jovens acabam por cair nesse mal, porque “qualquer jovem que se encontra carente, quando aparece uma oportunidade, tende a abraçar, por isso aconselhamos aos jovens para que não aceitem ofertas sem saber de onde vêm”.

Já Verónica Macamo, ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, defendeu uma melhor planificação e diálogo com os jovens. “O terrorismo é uma acção cujo combate tem que se planificar a todo o momento. Tem que se estar atento a todo o momento e temos que nos organizar rapidamente para fazer face a esse alastramento. Temos que trabalhar com os nossos filhos, para lhes mostrar que aquele é o caminho errado”, terminou.

Os intervenientes falavam, esta quinta-feira, em Maputo, à margem da II Sessão Extraordinária do Comité Central da Frelimo.

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