Em gesto de solidariedade para com Moçambique, país que foi afectado pelos ciclones IDAI e Kenneth, a World Skate, organizadora dos Jogos Mundiais de Patinagem – onde está inserida a 44.ª edição do Campeonato do Mundo de hóquei em patins-, isentou a selecção nacional de hóquei em patins do pagamento de taxas da prova, alimentação e alojamento.
Assim, a Federação Moçambicana de Patinagem (FMP) está a envidar esforços apenas para garantir o valor das passagens e dinheiro de bolso dos atletas, no decurso da prova a decorrer de 7 a 14 de Julho próximo, em Barcelona, Espanha.
A FMP ainda não tem garantido, na totalidade, o valor para que Moçambique possa participar do Campeonato Intercontinental de hóquei em patins (onde joga acesso ao grupo de elite) juntamente com Egipto, Andorra e Inglaterra, seus adversários no grupo A.
O facto foi confirmado esta quinta-feira ao “O País” pelo presidente da Federação Moçambicana de Patinagem, Nicolau Manjate, que enalteceu o gesto da World Skate “neste momento em que o país procura recuperar do luto e danos causados pela passagem da intempérie nas zonas centro e norte do país”.
Manjate esclareceu ainda que a selecção nacional já não irá realizar um estágio pré-competitivo na Espanha, no qual estavam previstos jogos de controlo.
“Queremos melhorar a nossa classificação, ou seja, queremos estar entre a elite do hóquei em patins mundial. Pretendemos honrar a bandeira nacional nesta prova”, precisou.
Pedro Nunes, técnico português que em 2011 conduziu à selecção nacional de hóquei em patins ao quarto lugar no Mundial de San Juan, na Argentina, vai orientar os “Ngonhamas” nesta prova na Espanha.
GOVERNO E EMPRESARIADO GARANTEM PRESENÇA DOS SUB-19 NO MUNDIAL
Entretanto, a selecção nacional de hóquei em patins sub-19 seguiu esta quinta-feira para Barcelona, Espanha, onde vai participar pela primeira vez na sua história Mundial da categoria. A ida da selecção nacional esteve tremida, até pelas dificuldades financeiras da Federação Moçambicana de Patinagem. A estreia está prevista para sábado, 29 de Junho, diante da Índia, um país sem expressão na modalidade.
“De facto, tivemos algumas dificuldades. Mas com a intervenção do Governo e de algumas empresas conseguimos colocar a selecção no Mundial. Estamos esperançosos que os rapazes façam um bom trabalho. É, de facto, uma nova até porque estamos a falar da valorização do trabalho que esta federação tem desenvolvido na área da formação”, frisou Nicolau Manjate.