A concessionária indiana Vulcan, apresentou, esta quinta-feira, o seu posicionamento em torno das queixas ligadas à poluição ambiental no distrito de Moatize. A empresa, que garante estar a funcionar dentro dos padrões recomendados, refere que a intensidade da poeira que se verificou, nos últimos dois meses, se deveu a efeitos climáticos nos meses de Julho e Agosto.
Em Julho e Agosto deste ano, o jornal O País noticiou que dezenas de famílias cujas casas ficam próximas às áreas onde é feita a exploração do carvão mineral, em Moatize, se queixam de excesso de poeira provocada durante o desmonte de rochas. Cerca de dois meses, a empresa indiana Vulcan Moçambique apresentou, esta quinta-feira, o seu posicionamento sobre o assunto.
A empresa garante estar a funcionar dentro do padrão recomendado e explica que a intensidade da poeira verificada, nos últimos dois meses, foi precipitada por falta de chuva. Refere ainda que, por se tratar de uma região semi-árida, a ventania também tende a mudar de direcção.
A Vulcan explica que ainda decorre auditoria interna na empresa. No entanto, garante estar a usar novas medidas de controlo de poeira melhorada, através de sistemas de monitoria avançada em todas as fases operacionais.
Para mitigar definitivamente o impacto da poeira nas comunidades afectadas, a empresa garante que ainda neste ano passará a realizar detonações sem explosivos, mas refere que decorrem negociações junto à empresa sul-africana que vai testar a tecnologia.
Entretanto, sobre a rejeição da proposta de compensações apresentada às famílias camponesas e oleiros, cujas áreas serão abrangidas pelo projecto para exploração de carvão mineral na nova secção no bairro Chithata, a Vulcan promete negociar junto das comunidades para evitar conflitos.