Uma Política clara da Juventude e vontade de quem governa são apontados como sendo cruciais para garantir uma maior participação da juventude nos processos de tomada de decisão. Esses pensamentos foram deixados, hoje, no painel que juntou maioritariamente jovens ligados aos partidos políticos.
Cidadania e participação política dos jovens foi o tema do Mozefo Young Leaders que juntou representantes das Ligas da Juventude dos três partidos políticos com representação na Assembleia da República, nomeadamente a Frelimo, Renamo e MDM, mas foi na voz de Lorena Mazive, do Instituto para Democracia Multipartidária que veio a crítica. Na visão da jovem activista, em Moçambique, assiste-se uma fraca integração dos jovens nos lugares de liderança porque a elite política é constituída por adultos que não se revêm nos problemas da juventude. É por isso, importante que haja vontade política para que este cenário seja mudado.
Chamado a intervir, Isamel Nhacucué, da Liga da Juventude do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) defendeu que o que está a falhar é a falta de uma política clara que garanta a participação activa dos jovens no seu todo, sem nenhum tipo de discriminação. Para Nhacucué é importante que haja um documento que possa guiar os decisores em relação às questões da juventude “porque o que temos notado é que a Política da Juventude é alterada a cada ciclo de governação”.
Por seu turno, Ivan Mazanga da Liga da Juventude da Renamo descreveu que o seu partido sempre preocupou-se com a causa da juventude tendo-se socorrido a exemplos internos. “Na legislatura passada, tivemos uma Chefe de bancada jovem a liderar mais de 80 deputados. Eu também sou exemplo disso ”
Já Hendro Nhavene da Frelimo falou da importância do sistema de cotas como um exemplo para a participação política dos jovens no seu partido.
Os intervenientes reiteraram ainda a necessidade dos jovens filiados aos partidos políticos serem a voz dos jovens sem voz.