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Voluntários sul-africanos que foram primeiros a salvar vítimas do ciclone já estão de partida

A primeira equipa de resgate a chegar a Beira é sul-africana. Hoje terminou a sua missão e entregou todas operações à equipa internacional de ajuda humanitária e diz sair com o sentido de missão cumprida.

foi no aeroporto internacional da Beira onde se instalou um grupo de 22 voluntários sul-africanos que na quarta-feira, 13 de Março partiu de Joanesburgo a caminho da Beira depois de ter tido confirmação da passagem do ciclone Idai. O grupo fazia-se transportar em seis viaturas carregadas com toneladas de equipamento de salvamento.

Pernoitaram em Vilanculos na noite em que o ciclone fustigou a cidade da Beira e arredores e só conseguiram entrar em Chiveve na noite de sexta-feira. Foi a primeira ajuda a chegar à cidade.

“O primeiro trabalho foi limpar a estrada para o aeroporto, não havia caminho para o aeroporto e nem para o Governo chegar aqui. Depois de limpar a estrada instalamos o nosso acampamento aqui e começamos a fazer salvamentos. Fomos o primeiro grupo a fazer salvamentos no terreno nos primeiros cinco dias depois do ciclone, fomos os únicos a fazer isso”, disse Trevor Trowel, líder da equipa.

“O primeiro salvamento foi para 22 mulheres e crianças, no rio e nas árvores. Durante o segundo e o terceiro dia aqui fizemos salvamentos usando helicóptero, um pequeno helicóptero, antes da Força Aérea Sul-africana chegar, antes de qualquer pessoa estar aqui, usamos um helicóptero privado. Fazemos isto voluntariamente. Ninguém entre nós é pago. Fazemos um resgate profissional é muito importante para nós respondemos dentro das primeiras 12 a 18 horas”, acrescentou.

Quando saíram da África do Sul tinham ideia do que podiam encontrar na Beira, mas a realidade ultrapassou a sua imaginação.

“Quando nós chegamos e vimos toda aquela devastação ficamos surpreendidos, mesmo que tivéssemos imaginado. Ver muitas pessoas desalojadas, muitos tectos das casas destruídos e ver muita água, nunca tinha visto tanta água em toda minha vida. Quando sobrevoei há poucos dias nunca tinha visto tanta água, a devastação é absolutamente catastrófica”.

Um galpão serviu nos últimos oito dias como seu dormitório, armazém dos equipamentos mas também como cozinha e refeitório. Agora estão a arrumar todo o seu equipamento para regressar a África do Sul pois já chegaram a Beira outros especialistas em resgate e salvamento.

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