A violência pós-eleitoral na Bolívia que levou à renúncia do presidente Evo Morales fez sete mortos.
A Bolívia atravessa uma grave crise desde a proclamação de Evo Morales como Presidente para um quarto mandato consecutivo, marcadas por suspeitas de fraude eleitoral, denunciada pela oposição e movimentos da sociedade civil.
Os confrontos entre apoiantes e opositores do Presidente da Bolívia causaram ainda pelo menos 384 feridos.
A senadora da oposição Jeanine Áñez assumiu a Presidência interina da Bolívia, depois da renúncia de Evo Morales no domingo, numa sessão parlamentar que decorreu sem a presença de representantes do Movimento para o Socialismo, escreve a imprensa internacional.
Añez, uma advogada opositora de Morales de 52 anos, reivindicou o direito de assumir interinamente a chefia do Estado até à realização de novas eleições, dadas as demissões do vice-presidente da República e dos presidentes e vice-presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados.
Evo Morales renunciou ao cargo no domingo, após quase 14 anos no poder, numa declaração transmitida pela televisão do país.
Morales demitiu-se depois de os chefes das Forças Armadas e da polícia da Bolívia terem exigido que abandonasse o cargo para que a estabilidade e a paz possam regressar ao país.