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Vinte anos de prisão para raptores de Manish Cantilal

A sétima secção do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo decidiu pela condenação de Ana Priscila e Adolfo Novela, por considerar que foram participantes do rapto do empresário Manish Cantilal em Fevereiro do ano 2020.

Ana Priscila, de 38 anos de idade, natural da cidade de Maputo, é apontada como quem esteve desde os primeiros passos que culminaram com o rapto do empresário.

A jovem foi citada como responsável pela indicação de uma casa, na Matola, que foi o cativeiro onde Manish Cantilal esteve; é apontada ainda como responsável pela logística alimentar no cativeiro, por sinal, uma das casas da sua mãe.

Já Adolfo Novela, jovem de Xinavane que por algum tempo viveu na África do Sul, foi apontado como um dos que empunhou arma e levou à força o empresário, na noite do rapto. Concluiu-se ainda que foi responsável pelos maus tratos a Cantilal nos cativeiros, como acorrentamento do empresário, mergulho da sua cabeça a um recipiente cheio de água e ameaças de o enterra-lo vivo.

Assim, Priscila e Novela foram pronunciados e condenados pelos crimes de rapto, associação para delinquir e armas proibidas.

Quanto a Benilde Chilengue, outra acusada de também ser parte do rapto de Manish Cantilal, o tribunal decidiu pela sua absolvição. O juiz argumentou que  faltaram provas para a sua condenação. Pelo menos, neste caso, porque é também parte de outro processo: o de rapto de Shelton Lalgy.

Mas fora a essa decisão, o julgamento dos arguidos serviu para revelar que eles integram uma vasta rede de raptores, pois os mesmos são acusados de também pertencerem à quadrilha que raptou Rizwan Adatia, empresário da cadeia de supermercados Jumbo.

Sobre o rapto de Manish Cantilal, foi ainda dito em tribunal, que o crime foi traçado por moçambicanos na África do Sul, sendo que outros integrantes do plano foram identificados como Pedro Nelo House, também chamado Pedó, Nando Macuácua, e dois outros indivíduos que são os mandantes do crime, cujos nomes Ana Priscila e Adolfo Novela disseram não conhecer, sendo que os tratavam apenas por Madala e patrão.

Sobre Madala, Patrão, Pedro Nelo House e Nando Macuácua não se conhece o paradeiro, sendo que os condenados contaram que, frequentemente, têm feito viagens entre Moçambique e África do Sul.

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