O vice-presidente da Comissão Nacional de Eleições, Fernando Mazanga, diz que a instituição está a entregar editais viciados ao Conselho Constitucional. Mazanga acusa as comissões distritais e provinciais de excluir os vogais da Renamo e do MDM, na organização do material.
Depois de a Renamo queixar-se, esta terça-feira, do envio de actas e editais falsos ao Conselho Constitucional, pela Comissão Nacional de Eleições, o vice-presidente do órgão de administração eleitoral convocou a imprensa para reafirmar.
“Isto constituiu uma grande preocupação para nós, porque o que vai consumir o Conselho Constitucional já está envenenado. O CC solicitou editais e actas originais, mas o que está a receber são cópias.”
Os documentos que, segundo o número 2, da Comissão Nacional de Eleições são viciados, foram entregues ao Conselho Constitucional sem o aval dos vogais das comissões distritais e provinciais de eleições, pertencentes ao partido Renamo.
“O que estamos a verificar nestas solicitações é que os nossos colegas não estão a ser tidos nem achados no trabalho que está a ser feito de trazer editais que possam responder àquilo que foi feito à mesa. O que trouxeram para submeter ao CC corresponde aos vogais de uma só parte.”
Entretanto, o presidente da Comissão Provincial de Eleições de Niassa, Xavier Waceda, desmente os pronunciamentos de Mazanga e explica-se.
“Recolhemos os editais, recolhemos as actas e fizemos a conferência em equipa e, no final, produzimos uma acta que cada membro das organizações políticas conferiu. Nós não trouxemos editais nem actas falsas.”
Segundo o vice-presidente da CNE, a entrega de actas e de editais que diz terem sido viciados se assistiu além da província de Niassa, na Cidade de Maputo e nas províncias de Tete, Zambézia, Cabo Delgado e Nampula.