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Verónica Macamo defende que segurança é determinante para rápida integração regional

Foto: MNEC

Moçambique defendeu, ontem, que a paz e segurança são o segredo para o desenvolvimento e integração dos países da região da SADC. O posicionamento foi deixado durante uma sessão ministerial do diálogo político SADC-União Europeia, onde Moçambique pediu a Portugal que ajudasse a retirar as sanções económicas contra o Zimbabwe.

Foi na qualidade de Presidente da SADC e da União Europeia, respectivamente, que Moçambique e Portugal tiveram, esta quarta-feira, um encontro virtual, no qual os dois países falaram sobre questões de segurança, controlo da pandemia da COVID-19 e desenvolvimento. No evento, os dois países estiveram representados pelos respectivos ministros dos negócios estrangeiros. Na ocasião, Verónica Macamo mostrou a visão do bloco sobre a paz.

“A paz e a segurança permanecem no centro do nosso plano estratégico regional e é definido como um pré-requisito para a criação de um ambiente propício ao crescimento económico capaz de impulsionar a aceleração da integração regional. Neste contexto, é relevante que este diálogo também se debruce sobre o fortalecimento da nossa cooperação nas áreas da paz e segurança, inscrito no quadro do reforço da integração regional”, descreveu a governante.

Na qualidade de Presidente da SADC, o país agradeceu à União Europeia pelos esforços para que os imunizantes cheguem à região.

“Merece o nosso reconhecimento o papel desempenhado pela União Europeia, através do Mecanismo da COVAX, em assegurar o acesso equitativo às vacinas contra a COVID19. Estamos confiantes de que haverá uma colaboração permanente entre a União Europeia e o Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC – África) para assegurar a entrega de vacinas seguras e em tempo oportuno às populações africanas, incluindo a Região da SADC. Com efeito, o apoio imediato da União Europeia permitiu à SADC implementar rapidamente programas de respostas às exigências do momento, redefinindo as suas prioridades com base na flexibilidade concedida pela União Europeia. Neste contexto, é essencial que as trocas de impressões, que manteremos hoje, proporcionem a base necessária para se atenuar o impacto da COVID-19 e colocar as nossas economias na trajectória da recuperação e da criação de uma dinâmica de crescimento e sustentabilidade”, reconheceu.

Na ocasião, Moçambique pediu a Portugal, na qualidade de presidente do bloco, que ajude a convencer os países da União Europeia a retirarem as sanções contra o vizinho Zimbabwe.

“Esta é, sem dúvida, uma excelente plataforma de troca de impressões e concertação de posições sobre aspectos importantes da nossa cooperação. É por esta razão que acreditamos profundamente que esta cooperação será fluida e melhor reforçada, num contexto em que estejam levantadas as sanções económicas contra um país-membro da SADC, o Zimbabwe. Sendo de referir que contamos com o vosso apoio para se lograr este desiderato”, disse Macamo.

No encontro virtual, Moçambique fez saber, ainda, que a SADC formulou a sua visão 2050 que projecta uma região industrializada, pacífica, onde todos os cidadãos usufruam do bem-estar económico sustentável, da justiça e da liberdade.

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