Os vendedores do Mercado de Peixe, na Cidade de Maputo, paralisaram as actividades, pelo segundo dia consecutivo, e dizem que só vão suspender as manifestações quando o Município de Maputo atender às suas reivindicações.
Num dia como quinta-feira, as portas do Mercado de Peixe deviam ter sido abertas às 9h e fechar às 22h, mas, até ao período matinal de hoje, as portas mantinham-se encerradas e sem vendedores. Na verdade, os vendedores foram posicionar-se em frente ao antigo Mercado de Peixe, onde decorrem obras de construção de edifícios mistos, e a exigência do grupo mantém-se.
“Queremos a nossa recompensa, porque trabalhamos muito neste mercado, 35 anos aqui, saímos sem nada, queremos a recompensa. Quem é que está a erguer estes prédios? Queremos este empreiteiro aqui para explicar como é que ele adquiriu este espaço aqui, o espaço era nosso”, exige Suzana Muhate, vendedeira daquele mercado.
Uma vez que o Município de Maputo indeferiu o pedido de manifestação requerido pelos vendedores do Mercado de Peixe, o porta-voz do grupo, João Chirindza, avisa: “Nós vamos seguir as instruções porque o nosso objectivo não é entrar em guerra, mas sim lutar pelos nossos direitos. Então, uma vez que já temos a informação que diz que não estamos autorizados, vamos seguir as instruções para podermos remarcar a manifestação numa próxima data”.
Entretanto, o Município de Maputo reitera que só vai dialogar com os vendedores assim que estiverem organizados e não será na rua e que não há espaço para compensações.