O candidato presidencial, Venâncio Mondlane, diz não fazer sentido que o distrito de Alto Molócuè, na província da Zambézia, continue a enfrentar problemas de pobreza, mesmo com todo o manancial de recursos minerais e produtos agrícolas que abundam naquele ponto do país. Mondlane assegurou que irá criar condições para que a população possa tirar maior proveito da exploração e extracção de recursos minerais. “Aqui há recursos minerais. Vocês têm turmalite. Porque não podem beneficiar-se dos minérios que são aqui extraídos e dos produtos agrícolas?”, questionou Mondlane.
O candidato presidencial disse, ainda, que “o que nós queremos é que a riqueza deste distrito esteja traduzida nas estradas. O que nós queremos é que a riqueza deste distrito se reflicta nos hospitais e na escola. Queremos que haja riqueza para todos vocês. Não podemos aceitar que haja um punhado de pessoas a beneficiarem-se da riqueza desta terra e da província”, frisou o engenheiro.
Outrossim, garantiu que vai apostar no financiamento de projectos da juventude, até para que esta camada social possa prosperar. “Nós temos, aqui, muitos jovens com energia. Temos jovens capacitados para desenvolver vários projectos. É preciso apostar nos jovens.”
Valorizar os combatentes da Luta de Libertação e os jovens chamados para uma missão em Cabo Delgado, combatendo o terrorismo no teatro operacional Norte, faz parte das promessas de Mondlane, caso seja eleito Presidente.
“Eles lutaram para libertar o país. Quando estávamos a estudar, eles estavam a combater. É preciso que os valorizemos. Os jovens estão a lutar para defender o país. Visamos valorizar isso”, observou Venâncio Mondlane. Abordou, por outro lado, a componente de infra-estruturas. “É estrada aquela que liga Gilé e Alto Molócuè? Os jovens já estão com dores de coluna devido àquela via. Temos que mudar isso.”
Insistiu na necessidade de se separar o partido do Estado, assim como “criação de células” nas instituições. “No Governo de Venâncio Mondlane isso vai acabar. Todos somos iguais, precisamos de ter as mesmas oportunidades. Não se pode exigir certas situações para que as pessoas trabalhem no Estado.”
Falando concretamente de outras forças políticas, mesmo sem indicar a dedo, criticou o facto de, supostamente, se estar a “recrutar pessoas de vários distritos para comícios. Eles obrigam as nossas mães que têm problemas de olho, que têm problemas das pernas, a subirem autocarros para participarem em comícios.”