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Venâncio Mondlane pondera concorrer à presidência da Renamo e da República

Venâncio Mondlane diz que está a avaliar a base de apoio e vai anunciar a sua decisão, nos próximos dias de concorrer ou não à presidência da Renamo e da República. O político considera ilegais os pronunciamentos do porta-voz, José Manteigas, e não acredita que a sua pretensão possa criar fricções com a Ossufo Momade.

Perante um forte aparato policial, Venâncio Mondlane esteve, esta sexta-feira, no Tribunal Administrativo para submeter um recurso contra o Conselho Constitucional por não estar a aclarar o acórdão de validação das eleições de 11 de Outubro.

À saída foi questionado pelos jornalistas sobre o anúncio do partido do qual faz parte, segundo o qual Ossufo Momade é o candidato à Presidência da República e as críticas à sua possível pretensão de concorrer à ponta vermelha.

O debate sobre o candidato da Renamo à presidência acontecem num contexto em que circulam vídeos em que supostos militantes da Renamo declaram apoio a Venâncio Mondlane para que concorra à presidência da Renamo e da República.

O cabeça-de-lista da Renamo para as autárquicas avança que está a avaliar a sua base de apoio e vai anunciar a sua decisão em breve.

“Eu ainda estava a avaliar até que ponto é consistente este tipo de apoio para depois tomar uma decisão em relação a isso. Eu confesso que os pronunciamentos do Doutor Manteigas […] acabaram sendo um catalisador para a reflexão que estava a fazer. Se chegar a conclusão, depois de concluir a amostra, que de facto há um apoio dos membros da Renamo e também dos eleitores, dos jovens moçambicanos para que assim seja eu garanto aqui e agora que vou avançar”.

O assessor particular de Ossufo Momade não acredita que a sua pretensão possa criar fricções com o Presidente da Renamo.

“Eu não vejo motivos pessoais para haver fricções em relação a isso, tanto mais que tudo o que foi dito em relação a minha pessoa, não vejo, de forma alguma, ferida a minha integridade, entendo isso como alguns deslizes do debate interno, o que é frutuoso. Então, cá por mim, não estou a ver motivos para qualquer fricção, eu penso que faz parte do debate pré-eleitoral interno, o que é natural e não estou a ver razões para o levantamento de hostilidades internas”, disse Mondlane.

Sobre a reivindicação dos resultados eleitorais, Mondlane diz que o recurso ao Tribunal Administrativo esgotou as instâncias nacionais e que a seguir vai levar o assunto a organismos internacionais.

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