É oficial! Venâncio Mondlane já não é membro da Renamo, nem deputado da Assembleia da República. O político oficializou a sua renúncia aos cargos, esta segunda-feira.
Nem mais!
Depois de ter sido impedido de concorrer ao cargo de presidente da Renamo, Venâncio Mondlane decidiu sair do maior partido da oposição.
O anúncio foi feito por si mesmo, esta segunda-feira, nas redes sociais. Em carta dirigida ao secretário-geral do partido, Mondlane explica as razões da sua saída da organização política da qual militou desde 2018.
“A decisão resulta de uma reflexão aprofundada, concluindo que deve buscar meios alternativos para continuar a promover a ética, princípios e valores de uma democracia plena”.
É um abandono que acontece após várias batalhas judiciais em repúdio a alegadas injustiças no partido e aos resultados das autárquicas.
Em nota separada, dirigida à presidente do Parlamento, Esperança Bias, o político renunciou ainda o mandato de deputado da Renamo.
“Em consequência de uma tomada de consciência profunda da necessidade de busca de meios eficientes e duma atmosfera política propícia para continuar o combate em defesa da democracia plena e na luta para o livre exercício de deveres patrióticos, ao abrigo da alínea a) do artigo 5 da Lei 31/2014 de 30 de Dezembro, Estatuto do Deputado, submeter a V. Excia a renúncia do seu mandato”.
Venâncio Mondlane militava pela Renamo há seis anos. Sempre mostrou-se interessado em liderar a Renamo, e agora, fora do partido, poderá reinventar-se e concorrer às eleições gerais.
Em 2023, Mondlane concorreu ao cargo de presidente do município de Maputo pela perdiz e sua derrota gerou contestação aos resultados.
Mondlane tinha também mandato de deputado na Assembleia Municipal de Maputo, cargo que perdeu, na semana passada, por ausências.