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Varíola dos macacos já chegou a Moçambique

Primeiro doente com a varíola dos macacos em Moçambique identificado na Província de Maputo. A informação foi anunciada, esta quinta-feira, pelo Ministério da Saúde.

“Voltamos à situação da pandemia da COVID-19. O distanciamento físico de pessoas suspeitas deve ser observado mais uma vez”, lamentou o ministro da Saúde, Armindo Tiago, durante conferência de imprensa.

O primeiro caso da doença foi diagnosticado na Província de Maputo, após a testagem de 49 pessoas nas últimas 24 horas.

“Trata-se de um indivíduo adulto, do sexo masculino, residente na Provincia de Maputo, e está, neste momento, em seguimento numa unidade sanitária, na Cidade de Maputo. O caso ocorreu no dia 4 de Outubro, com febres, lesões cutâneas e história de uma viagem internacional recente”, detalhou  Armindo Tiago.

O governante revela que a amostra foi colhida no mesmo dia e elevada ao Instituto Nacional de Saúde, onde foi confirmado o caso que “apresenta um estado de saúde satisfatório”.

Para intensificar o rastreio da doença, o Ministério da Saúde tem uma estratégia em manga.

“Decorre o processo de rastreio de todos os contactos deste caso, depois faremos obviamente o teste e anunciaremos, oportunamente, os resultados. Estamos a fazer, também, a formação de todos os profissionais de saúde em termos de diagnóstico e manejo de casos, e esta acção insere-se na perspectiva de comunicação em saúde, de modo a garantir que todos nós fazemos parte da resposta a esta situação”,  destacou Armindo Tiago.

A varíola dos macacos manifesta-se com os seguintes sintomas: febre, dor de cabeça e no corpo, calafrios, cansaço e feridas na pele.

O Ministério da Saúde apela para que as pessoas com tais sintomas se dirijam à unidade sanitária mais próxima.

Na ocasião, Armindo Tiago apelou à observância de medidas como a lavagem frequente das mãos, bem como o distanciamento físico de pessoas suspeitas de ter a doença de modo a prevenir contra a varíola dos macacos.

O titular das pastas na área da saúde destacou, também, que a vacinação contra a COVID-19 por parte dos adolescentes está a decorrer a bom ritmo, sendo que já foram vacinados cerca de 60% dos adolescentes previstos.

“Registamos com satisfação a vacinação de cerca de 3 milhões de adolescentes e jovens, na faixa etária dos 12 aos 17 anos, o que correspondente a 66% do grupo alvo definido”, vincou.

A proximidade é um factor necessário para o contágio pela Varíola dos Macacos, sendo assim, a doença ocorre quando o indivíduo tem contacto muito próximo e directo com um animal infectado, ou com indivíduos infectados por meio das secreções das lesões de pele e mucosas ou gotículas do sistema respiratório.

A transmissão pode ocorrer, também, pelo contacto com objectos contaminados com fluídos das lesões do paciente infectado, isso inclui contacto com a pele ou material que teve contacto com a pele, por exemplo, toalhas ou lençóis usados por alguém doente.

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