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Selecção nacional de basquetebol sénior masculino disputa, de 17 a 25 de Fevereiro, no Pavilhão do Maxaquene, a primeira janela de acesso ao Campeonato Africano de Basquetebol, “Afrobasket” 2025.

De sábado, 17 de Fevereiro, até ao próximo domingo, 25, Moçambique terá de provar, na quadra do Pavilhão do Maxaquene, que tem força no basquetebol masculino no contexto da zona VI. Sem a maior força da modalidade integrada na primeira janela de acesso ao “Afrobasket”, Angola, a selecção nacional terá, naturalmente, de mostrar os seus argumentos na região e que tem um lugar no concerto das Nações africanas, com um passado revelador disso com presenças constantes nas fases finais do Campeonato Africano.

Uma coisa é real: na zona VI, houve registo de evolução de outras nações que apostaram na modalidade, pelo que os nomes e o histórico do país na modalidade não serão arrolados ao sinal da “bola ao ar”.

Com a base da equipa a ser constituída por um naipe de jogadores que actuam internamente, o seleccionador nacional, Milagre “Mila” Macome procura apresentar um conjunto com uma estrutura defensiva muito forte, mas também com maior clarividência ofensiva.

Com o experiente Pio “Lingras” Matos e o motivados e em forma Baggio Chimonzo a recuperarem de lesões contraídas durante a fase de preparação,  Nilton Seifane e Hilário Malale podem, em caso de indisponibilidade de Matos e Chimonzo, ser  a  solução para posição 1.

Espera-se, de qualquer das formas,  que os jogadores eleitos para a armação do jogo tenham a capacidade de dar consistência, quer nos ataques de posição (pausados) quer nos contra-ataques.

Defensivamente, jogadores como Elves “Stam” Honwana podem emprestar muita agressividade à selecção nacional de basquetebol nesta primeira janela de acesso ao “Afrobasket” 2025.

Apesar de não ter disputado a última Liga Moçambicana de Basquetebol Mozal, em Dezembro do ano passado, Elves Honwana é um jogador experiente e talhado para este tipo de missões. O seu tiro exterior é também uma das armas a serem usadas para desequilibrar.

Aliás, o conjunto de Milagre “Mila” Macome deve potenciar o jogo exterior para fazer a diferença diante dos seus oponentes.   Na zona restritiva, Elton Ubisse, Turdivales Nhatumbo e outros jogadores chamados por Milagre Macome terão de fazer a diferença no jogo interior, ganhando a luta das tabelas e jogando, igualmente, em situações de “pick and rol”.

Outro aspecto trabalhado, desde o arranque da preparação, é a eficácia na linha de lances, determinante na definição dos resultados dos jogos.
A verdade é que, se no passado as estatísticas indicaram um aproveitamento não muito bom, agora é fundamental que a percentagem seja positiva em todos os jogos desta primeira janela de qualificação para o “Afrobasket” 2025.

Posicionar-se em primeiro, e garantir uma vaga no Grupo A da segunda fase de apuramento para o “Afrobasket” , é objectivo traçado pela Federação Moçambicana de Basquetebol, elenco dirigido por Paulo Salvador Mazivila.

A primeira janela de qualificação para o “Afrobasket”, a realizar-se em Maputo, deve movimentar as selecções nacionais de Moçambique, anfitrião; Zimbabwe e Botswana (ndr: haviam solicitado à FIBA-África para subsidiar a sua participação na prov em 30 USD por pessoa, no lugar dos 90 USD definidos pela FMB)  África do Sul, Maurícias e Comores.

Para esta empreitada, este organismo fez algumas obras de melhoria na quadra e nos balneários do Pavilhão do Maxaquene.
A organização do certame está orçada em MZM 15 milhões, valores que a FMB procurou colectar de vários parceiros.

 

JOGADORES MOTIVADOS

Pio “Lingras” Matos deu a cara, há dias, para perspectivar a primeira janela de qualificação para o “Afrobasket” 2025.

“A expectativa é alta e é de nos qualificarmos para o “Afrobasket”. Estamos firmes nos nossos objectivos. Estamos cientes de que, mais do que cumprirmos esse desiderato, temos de agradar ao nosso público, fazendo um bom espectáculo”, disse em entrevista ao “Lance”.

Ubisse passou por uma cirurgia, regressou e disputou a “Road to Bal”, na vizinha África do Sul, e a Liga Moçambicana de Basquetebol Mozal, prova na qual o Ferroviário da Beira ficou na terceira posição.

Sem aquela prestação de outros tempos, nas referidas provas, Ubisse espera, agora, ao serviço da selecção nacional, estar no seu melhor nível.
“Vão ser jogos muito aguerridos e nós temos noção disso. As equipas evoluíram muito nos últimos anos. Nesse sentido, devemos estar bem preparados para enfrentar esta competição”

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