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Famílias deslocadas pelo terrorismo em Cabo Delgado queixam-se de falta de apoio

Foto: Notícias ao Minuto

As famílias de deslocados pelos ataques armados na província de Cabo queixam-se da falta de apoio para suprirem as necessidades, como alimentação, nos centros de reassentamentos no distrito de Mecufi.

Já passam vários meses sem que as famílias recebam mantimentos, segundo revelou um deslocado de 45 anos de idade à Lusa. “Estamos há cinco meses sem receber comida e assim a minha família ainda vai passar fome”, disse Momade Antumane, pai de cinco filhos.

A família de Momade Antumane fugiu do distrito de Quissanga e actualmente vive com outras 55 famílias em casas de construção precária em Mecufi.

Outra questão que tem tirado o sossego de algumas famílias deslocadas do terrorismo em Cabo Delgado, é a falta de sementes para a prática da agricultura de subsistência.

Seguindo conta Ali Afido, outro refugiado proveniente de Macomia, reassentado em Natuco, também em Mecufi, “não há água. Não há casa de banho. Estamos a sofrer. Também não há boa relação com os donos das machambas”.

Por isso, segundo Ali Afido, as pessoas saem às ruas para pedir alimentos noutras famílias de modo a garantir o seu sustento.

O conflito armado em Cabo Delgado já provocou mais de 3.100 mortes e mais de 800 mil deslocados.

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