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“Valeu a pena investir em Nacala-a-Velha”

Foi sob sol intenso que o Presidente da República chegou, na tarde da última sexta-feira, a Nacala-a-Velha, para inaugurar o maior corredor logístico do país. Construído para escoar o carvão mineral extraído em Tete, o Corredor Logístico de Nacala é constituído por 912 quilómetros de linha-férrea, dos quais 200 percorrem Malawi, e um terminal de carvão em Nacala-a-Velha.

Filipe Nyusi trabalhou durante 15 anos no Norte do país como funcionário da empresa Caminhos de Ferro de Moçambique e foi nesta qualidade que fez questão de lembrar que estão atrasados os que duvidaram do potencial de Nacala-a-Velha.

“Nacala-a-Velha já não é um dos distritos mais atrasados da província de Nampula. Lembramo-nos longamente das dificuldades por que passaram os primeiros investidores que tiveram fé no que dizíamos e vieram. Lembramos também daqueles que vieram, mas indecisos, ou dos que esperavam para ver. Esses virão, mas já estão atrasados”, disse na ocasião Filipe Nyusi, realçando o pulsar da economia de Nacala-a-Velha com o surgimento de empresas que criam oportunidades de emprego para as populações locais.  

A linha Moatize-Nacala não é apenas a maior do país, como também passa sobre ela o maior comboio. Trata-se de uma composição de quatro locomotivas e 120 vagões, que transporta 7 560 toneladas de carvão de uma só vez.

“O Corredor de Nacala vai permitir reduzir substancialmente os custos de produção e de transporte de carvão, devido aos elevados volumes envolvidos. Isso será determinante para o sucesso da indústria do carvão em Moatize”, disse o presidente-director da Vale, Murilo Ferreira.

Os accionistas do Corredor Logístico de Nacala investiram 4.5 mil milhões de dólares, de 2011 a esta parte, num empreendimento que tem capacidade para transportar 18 milhões de toneladas por ano.

Refira-se que a infra-estrutura já está operacional desde 2016, ano em que se transportou 6 milhões de toneladas de carvão.

Na cerimónia de inauguração, participaram cerca de 300 convidados, entre membros dos governos de Moçambique, Malawi, Brasil e Japão, representantes de instituições públicas e privadas, bem como colaboradores da Vale a todos os níveis.

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