Com a maioria das unidades sanitárias destruída, queimada ou vandalizada em Cabo Delgado, devido ao terrorismo, é impossível que a população tenha acesso à saúde. Para minimizar a situação, o Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) está a ajudar a acelerar a vacinação contra a COVID-19.
Os últimos ataques terroristas pioraram a situação de segurança em Cabo Delgado. O CICV diz que a violência armada nalguns distritos daquela província impacta negativamente todo o sistema de saúde, o que impossibilita o acesso aos cuidados sanitários, em particular a vacinação contra a COVID-19.
“O conflito armado, no Norte de Cabo Delgado, teve um impacto real no sistema de saúde em geral. A maioria dos centros de saúde foi destruída, queimada ou vandalizada, e é impossível ter acesso a esses centros devido à insegurança”, afirmou Emílio Mashan, coordenador de saúde do CICV em Moçambique.
A violência impediu a saúde de se deslocar para esses locais de modo a realizar a campanha de vacinação contra a COVID-19.
Além dos distritos de Montepuez, Ilha do Ibo e Pemba, o CICV presta a mesma assistência à população dos distritos de Báruè, Mossurize, em Manica, e Gorongosa, em Sofala, onde a saúde foi igualmente afectada pelo conflito armado, entre 2013 e 2019.
A falta de acesso a serviços essenciais continua a ser uma das principais questões humanitárias naquela parte do país.
A campanha nacional de vacinação contra o vírus permitiu abranger mais de um milhão de pessoas em seis distritos afectados por conflitos armados, nas províncias de Cabo Delgado, Manica e Sofala, com o apoio do CICV.