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UP-Maputo suspende aulas por falta de água

O campus de Lhanguene, da Universidade Pedagógica de Maputo, suspendeu as aulas por dois dias, por falta de água. A situação divide opiniões entre os estudantes.

O campus de Lhanguene, da Universidade Pedagógica de Maputo (UP-Maputo), está sem aulas desde a última quinta-feira, devido à falta de água num dos blocos, composto por 20 salas de aula.

Falando em condição de anonimato, os estudantes apresentaram divergência de opiniões. Alguns disseram temer pelo incumprimento do calendário académico e outros afirmaram que a medida tomada pela direcção é positiva, na medida em que evita a propagação de doenças e mau cheiro devido ao uso dos sanitários sem água.

“Para o meu caso, não devo por nada perder aulas, mas fui forçado a esta situação, mas enfim, vou ter que lutar para recuperar as lições perdidas.”

“Somos muitos que frequentamos a Universidade, imagina tudo isto a funcionar sem água. Seria péssimo. Assim como está, a nossa saúde está salvaguardada.”

A interrupção de aulas foi comunicada pela Direcção Pedagógica e pela Direcção do Património, tendo explicado que o corte no fornecimento de água tem a ver com a avaria do sistema interno de distribuição de água.

Apolinário Malauene, director de património, explicou que o sistema parou de funcionar no fim do dia de quarta-feira e, por precaução, foram suspensas as aulas em toda a instituição, para que fosse possível repor o sistema e retomar as aulas já na segunda-feira.

“Não temos nenhum problema com falta de pagamento ou qualquer outra causa que possa levar à interrupção [do abastecimento] de água. O problema foi mesmo interno. Foi uma indisponibilidade interna para fornecer água num dos edifícios.”

São 9 mil estudantes que frequentam, diariamente, o campus, e a direcção pedagógica diz que as aulas perdidas serão compensadas, como avançou Elias Narciso Matos, director pedagógico da UP-Maputo.

“Vinte quatro horas numa Universidade é muito tempo, mas não tempo suficiente para nos criar alguns transtornos. Os próprios docentes já estão a criar medidas pedagógicas para compensar aqueles que, eventualmente, perderam ou vão perder aulas de hoje. Então, não precisamos de alarme. É um processo normal, que pode acontecer a qualquer altura do ano, e já se prevêem no calendário académico os imprevistos.”

Até ao meio da manhã desta sexta-feira, o problema já estava a ser solucionado e, em algumas casas de banho, já jorrava água.

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