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Única morgue do distrito de Marracuene está encerrada há um mês

Foto: O País

A morgue do Centro de Saúde do distrito de Marracuene, na província de Maputo, está encerrada desde Janeiro deste ano, devido à avaria do sistema de refrigeração. A situação está a causar embaraços à comunidade que, neste momento, é obrigada a recorrer à Cidade de Maputo ou ao distrito da Manhiça para a conservação de corpos.

Há mais de trinta dias que as portas da morgue do principal Centro de Saúde de Marracuene estão fechadas. Acácio Munguambe e Lídia Massinga são residentes da vila de Marracuene e contaram ao jornal “O País” que o problema está a causar constrangimentos às famílias.

“Nós não temos outra morgue, então assim que está avariada, não sabemos o que fazer. Os hospitais mais próximos têm sido a nossa salvação, mas é preciso que as autoridades tomem consciência desta situação”, disse Munguambe, cujas palavras foram secundadas por Lídia Massinga. “Quando temos infortúnios, a solução é realizar imediatamente os funerais, porque a morgue está encerrada”, secundou.

Em Dezembro do ano passado, o sistema de refrigeração desta morgue, com capacidade para conservar seis corpos, avariou. Até foi reparado, mas não funcionou por muito tempo e avariou novamente, tendo a última vez sido no início de Janeiro passado.

Neste momento, não há data prevista para a reparação ou compra de um novo equipamento.

Segundo o director distrital de Saúde, Mulher e Acção Social, em Marracuene, Francelino Devesse, há um trabalho em curso para que a unidade sanitária tenha o sistema de refrigeração a funcionar.

“Para a solução desse problema, ontem tive um encontro com a empresa que repara o sistema de refrigeração, porque eles nos comunicaram que aquela máquina já deu o que devia ter dado, portanto o razoável era comprar uma nova máquina, mas eles diziam que, não havendo esta disponibilidade de valores para a aquisição da nova câmara, pode-se fazer substituição de algumas peças-chave para evitar estas avarias constantes”, explicou Francelino Devesse.

Neste momento, a Direcção Distrital de Saúde debate-se com falta de fundos para a aquisição de um novo sistema, que custa entre 150 e 170 mil Meticais.

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