Há sinais claros de que a economia está a relançar-se. A CTA fala de aumento do índice de robustez empresarial a nível nacional que saiu de 26% para 29% e o índice de tendências de emprego que saiu de 106.5 para 125.9.
Depois da crise agravada pela pandemia da Covid-19, a curva da economia nacional tende a mudar, olhando para o último trimestre de 2021. A constatação é da Confederação das Associações Económicas (CTA) que apresentou esta quarta-feira em Nampula, os dados do seu “Economic Briefing”.
“Esta melhoria reflecte, na essência, o efeito do alívio de restrições do contexto da prevenção e combate à Covid-19 e o impulso na procura agregada decorrente do efeito sazonal da quadra festiva”, explicou Agostinho Vuma, presidente da CTA, sustentando os dados referentes ao índice de robustez económica que subiu três pontos percentuais no quarto trimestre de 2021.
O cenário de emprego continua crítico, alerta Agostinho Vuma, e só no ano passado foram perdidos 11 mil postos de emprego, com Maputo e Inhambane no topo. No entanto, a tendência de recuperação da economia está a traduzir-se, igualmente, na retoma de alguns postos anteriormente perdidos.
“Quanto ao índice do ambiente macroeconómico, a nossa avaliação mostra que este indicador subiu de 46% para 50%, reflectindo a estabilidade cambial, redução das taxas de juros de referência e recuperação da actividade económica”, concluiu Vuma no seu discurso.
Os números têm um impacto na macroeconomia porque com as empresas a operarem há mais exportações, importações e, na mesma tendência, há mais possibilidade de o Estado arrecadar mais receitas. Augura-se um 2022, ano bem melhor, com o Fundo Monetário Internacional (FMI) a prever um crescimento económico na ordem de 5.3%.
“A nossa balança de pagamento, a nossa economia depende da exportação das principais commodities, estamos a falar de carvão, alumínio e o gás e, internacionalmente, a tendência é de aumento de preço”, argumentou Farhana Razak, especialista em Mercados.
Dos participantes, também surgiu a sugestão de um evento do género na Zona Económica Especial de Nacala que, apesar do grande optimismo que caracterizou os primeiros anos da sua criação, caiu no insucesso, mesmo com as infra-estruturas que tem, como o porto de águas profundas de Nacala, a linha férrea que faz o Corredor Logístico de Nacala (CLN) e o Aeroporto Internacional de Nacala.